Pedro Loyola é o novo diretor do Departamento de Gestão de Riscos do MAPA

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Segunda-feira, 25 de março de 2019

Pedro Loyola é o novo diretor do Departamento de Gestão de Riscos do MAPA

Sob o âmbito da Secretária de Política Agrícola - SPA, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Pedro Augusto Loyola Júnior foi nomeado, em janeiro deste ano, como Diretor do Departamento de Gestão de Riscos – DGER.

Pedro é formado em Economia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com mestrado em gestão de cooperativas, com foco em seguro rural, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Esteve à frente do Departamento Técnico e Econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) por mais de dez anos. Mais recentemente, foi o presidente em exercício da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA e presidente da Comissão dos Entes Privados do Seguro Rural do MAPA.

O DGER é responsável pela gestão de programas fundamentais para a política agrícola brasileira: o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC).

Portanto, o papel do novo diretor será de extrema importância para um setor que representa aproximadamente um quarto do PIB nacional e que requer uma gestão de riscos exemplar, devido ao seu efeito direto na segurança alimentar e energética.

Um dos principais nomes no setor, Loyola se aprofundou nos temas de gestão de riscos e seguro rural nos últimos anos e se mostrou diversas vezes, seja em eventos nacionais e internacionais, comissões, reuniões com o mercado, entre outros, um profissional altamente capacitado para comandar as diretrizes dos programas relacionados ao tema dentro do MAPA.

Mercado de grande potencial, o seguro rural no Brasil requer um destaque não apenas em termos de orçamento e sim como forma de política do Governo Federal. Prevemos, com a conjuntura econômica e política atual, que os programas de política agrícola deverão ser mais efetivos e abrangentes, o que pode ser ótimo para o mercado de seguros, pois é o principal instrumento de transferência de riscos da agricultura e conta com grandes exemplos internacionais de sucesso, como nos EUA, onde quase 90% da área agrícola possui algum tipo de seguro rural.

Com informações do Portal Seguro Rural

 

Gestão Integrada de Riscos Agropecuários

Desde quando assumiu o cargo, Pedro Loyola dedica-se ao planejamento para uma gestão integrada de riscos agropecuários no Ministério da Agricultura. Sobre o assunto, ele conversou com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL:

 

"O seguro rural deve ter uma previsibilidade para o produtor, uma certeza da subvenção, o produtor precisa ter a disposição bons produtos de seguro, e também que esse seguro esteja calcado numa estrutura que passe pelo zoneamento agrícola de risco climático - que vai ser aperfeiçoado, a melhoria dos serviços de meteorologia aplicados à agricultura, a capacitação dos peritos que fazem a avaliação de perdas nas lavouras quando ocorrem os sinistros e outros projetos que estão em estudo no Ministério da Agricultura. Nós vamos empoderar o produtor, para que ele possa escolher sempre o melhor produto de seguro, trazer maior concorrência ao mercado de seguro rural, fazer com que novas companhias de seguro tenham atenção para esse segmento e possam entrar nesse mercado. Queremos ter, de fato, uma gestão integrada de riscos agropecuários no país. Para atingir esse objetivo, vamos lançar mão de vários instrumentos, modernizar e simplificar, desburocratizar e executar várias ações necessárias, como o zoneamento agrícola e a disseminação do seguro rural. Tudo isso depende de orçamento e recursos para os programas, de forma efetiva, e que dê um horizonte para que produtores possam contratar seguro e os ofertantes (companhias de seguro) possam também fazer investimento nesse segmento, com novas tecnologias no aumento da rede de peritos, na melhoria dos seus canais de venda do seguro rural. Desta forma, nós queremos trazer para o mercado novos produtos de seguro, um zoneamento agrícola que vai atender não só questões sobre a satisfação hídrica das culturas, mas também outros indicadores de risco, como geada, granizo, temperaturas altas e sistemas de produção, além desses que já existem. Hoje temos zoneamento agrícola para 44 culturas e queremos chegar, a médio prazo, a 100 culturas de zoneamento agrícola, ampliando para todo o país. Com um bom zoneamento, se reduz o custo do seguro rural, pois o produtor vai plantar no período mais adequado, com a melhor tecnologia, e com boa informação da agrometeorologia. Portanto, tudo isso faz parte de um projeto de gestão integrada de riscos de produção, incluindo o fomento para que as seguradoras criem mais seguros de faturamento, o que o produtor tem buscado, em muitos casos. Hoje já existem para soja, milho verão, café e, em breve, poderemos ter para outros produtos. Mas o importante é que tenhamos, de fato, no país, uma gestão integrada de riscos agropecuários. É um projeto estruturado, onde o seguro é muito importante, mas não podemos esquecer esses outros instrumentos que citei. Criamos um grupo de trabalho de agrometeorologia que vai fazer o mapeamento de todas as informações necessárias e como isso pode ser melhor utilizado para a agricultura, além de outros estudos que estão sendo executados no Ministério, que apresentarão resultados no meio do ano, outros no final do ano. Por enquanto estamos trabalhando com as diretrizes que visam aumentar os recursos para o programa de subvenção ao prêmio de seguro rural, de forma que a demanda existente hoje seja atendida".

 

 

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