Quarta-feira, 29 de agosto de 2018
A Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Guarapuava (Expogua 2018), realizada de 3 a 12 de agosto, no Parque Lacerda Werneck, se consolidou, mais uma vez, como o grande destaque do calendário de eventos rurais do centro-sul do Paraná. Organizado pela Sociedade Rural com diversos apoios, o evento chegou a sua 43ª edição com mais atrações voltadas aos aspectos comercial e técnico do agronegócio.
Neste ano, a abertura oficial, na noite do dia 3 de agosto, já trouxe uma novidade: em vez do Recinto de Leilões, a cerimônia ocorreu no Espaço da Pecuária (estande da Cooperaliança, que ampliou sua instalação na exposição para abrigar uma série de debates ao longo da Expogua).
O momento reuniu dirigentes das entidades organizadoras, expositores, apoiadores, autoridades, produtores rurais, lideranças da agricultura e do empresariado e visitantes em geral.
O presidente da Cooperaliança, Edio Sander, ressaltou que a presença do Espaço da Pecuária contribuiu para evidenciar a importância do segmento: “Vamos ter uma semana toda de eventos relacionados à atividade pecuária”.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG), Cledemar Mazzochin, destacou que o evento é resultado de uma somatória de esforços: “A Expogua representa a união de fortes setores econômicos de nossa cidade: o comércio, a indústria, a agricultura e a pecuária”.
À frente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, enfatizou o potencial econômico do Paraná: “Temos 2,3% do território brasileiro. Mas produzimos perto de um quarto da produção agropecuária do nosso país”.
O vice-prefeito de Guarapuava e secretário de Viação, Obras e Serviços Urbanos e de Turismo, Itacir Vezzaro, assinalou a importância da Expogua: “A exposição é um evento que traz tecnologia, informações”, enalteceu.
O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, George Hiraiwa, ressaltou a necessidade do setor rural também se integrar nas tendências do desenvolvimento tecnológico mundial. “Somos de uma geração que transformou o país de importador a exportador de alimentos. Mas daqui para frente, a eficiência virá com a tecnologia”.
O presidente da Sociedade Rural Guarapuava, Denílson Baitala, lembrou o papel do agro na economia: “Os empreendedores rurais geram riquezas e emprego. Neste sentido, a Expogua é um evento extremamente importante”.
Encerrada a abertura, os participantes passaram à visitação do evento. Durante os 10 dias da Expogua, a equipe de reportagem da REVISTA DO PRODUTOR RURAL esteve presente aos principais pontos da programação e traz aqui um resumo das informações.
Encontro Regional de Produtores de Leite abordou fatores que influenciam na produtividade
O 11º Encontro Regional de Produtores de Leite, uma das etapas técnicas tradicionais da Expogua, que aconteceu dia 4 de agosto, no Sindicato Rural de Guarapuava, mostrou que, além da nutrição das vacas leiteiras, outros fatores influenciam o bem-estar e produtividade.
Na abertura, compuseram a mesa de honra e realizaram pronunciamentos o presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Botelho, que deu as boas-vindas aos participantes; o diretor administrativo da EMATER, Sérgio Augusto Guarienti; o vice-prefeito de Guarapuava e secretário municipal de Obras e também de Turismo, Itacir Vezzaro; o diretor-presidente da ADAPAR, Inácio Kroetz; e o presidente da COAMIG, Edson Bastos. Estiveram também presentes outras autoridades, de Guarapuava, da EMATER, SEAB e ADAPAR. A programação, com duas palestras e espaço para perguntas, se estendeu durante toda a manhã. Participaram produtores de Guarapuava, Campina do Simão, Turvo, Goioxim, Candói, Cantagalo, Prudentópolis, Pinhão, Palmital e Reserva do Iguaçu.
O Encontro foi organizado pela Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sindicato Rural de Guarapuava, formada pela Emater, Coamig, Sindicato Rural, Sociedade Rural e Unicentro; com patrocínio da Pioneer e Sicredi e apoio da Nutron Cargill.
A REVISTA DO PRODUTOR RURAL esteve presente e conversou com os palestrantes.
Palestras
Influência dos fatores não dietéticos sobre a produção de vacas leiteiras
Mailson Poczynek (Veterinário da Nutron-Cargill) falou sobre a água e comentou que, no free stall, é preciso dimensionar as instalações para o tamanho atual das vacas, para obter o bem-estar animal.
“É importante, para a vaca de leite, ter três coisas: água à vontade, de qualidade e perto. Se você limita a água, em qualidade, em quantidade, ou deixa muito longe, a vaca vai ‘falar’, levando menos leite para a ordenha. Ela também não gosta de água muito gelada. Então, muitas vezes, quando a água está um pouco mais morna, em algumas poças, elas acabam tomando. E o produtor acha que a vaca gosta de água suja, mas isso é uma inverdade. Com relação às instalações, talvez uma grande parte da aversão de produtores ao sistema de free stall é o mal dimensionamento das camas, o uso de material inadequado, o uso de colchões muitas vezes sem cobertura, que acabam machucando o joelho das vacas. As coisas evoluíram e temos que buscar o que está dando certo. Fazer uma cama do tamanho adequado, para que a vaca possa conseguir deitar com conforto. Deitando, descansando mais, essa vaca também vai ter um aumento de produtividade e do bem-estar dela”.
Como transformar CCS e CBT em dinheiro
Avelino Correa (Veterinário – APCBRH) destacou que embora haja regiões de excelência em qualidade de leite, os índices de CCS e CBT precisam melhorar em muitas propriedades leiteiras.
“Quando a gente fala em células somáticas, não estamos falando apenas em qualidade para a indústria e produto final. Estamos falando também de sanidade de rebanho. Vacas com CCS abaixo de 200 mil são vacas saudáveis, que vão estar produzindo mais leite. A idéia é mostrar o impacto econômico na propriedade e mostrar algumas soluções para o produtor, para melhorar isso na propriedade. Temos excelentes regiões, com ótima qualidade de leite, que se poderia comparar a qualquer lugar de primeiro mundo. Anos e anos, nós debatemos esse assunto e no atual momento ainda temos grande parte das propriedades fora do parâmetro desejável para esses dois indicadores: células somáticas (CCS) e contagem bacteriana (CBT). Temos que estar sempre voltando a este assunto, porque ainda ele é uma preocupação para a indústria, para o produtor, para toda a cadeia de leite”.
Espaço da Pecuária
Cooperaliança promove programação técnica de qualidade durante a Expogua
A Cooperaliança Carnes Nobres inovou na 43ª Expogua montando o Espaço da Pecuária. Durante todos os dias da feira diversos profissionais renomados da pecuária de corte passaram pela tenda montada no Parque de Exposições Lacerda Werneck, buscando debater temas importantes do setor. A vice-presidente da cooperativa de carnes, Adriane Araujo Azevedo, explicou que a ideia foi trazer o espaço para eventos técnicos buscando sanar essa carência dentro da Expogua. “Além da programação técnica, o espaço também foi uma oportunidade de negócios aos pecuaristas. As empresas, nossos apoiadores, também estiveram aqui durante todos os dias expondo seus serviços e produtos”. Avaliando o primeiro ano do espaço, Adriane se diz muito contente. “Nosso objetivo foi super alcançado. Tivemos público diariamente, mesmo com o frio intenso. E nosso feedback só foi positivo, ouvimos elogios sinceros. Até porque buscamos trazer profissionais renomados e com muito conhecimento da pecuária, que debateram os temas com qualidade”.
Foram parceiros da Cooperaliança no Espaço da Pecuária: Núcleo de Bezerros de Guarapuava, Sociedade Rural de Guarapuava, Sindicato Rural de Guarapuava, Associação Brasileira de Angus, Cooperativa Agrária, DSM Tortuga, Tru-test, Ipacol, Pioneer, Nupran, Atlântica Sementes, Nussed, Agrobrasil Currais, JetBov, Troncos Progresso, Alta Genetics, Allflex.
Brincando no Campo
No dia 6 de agosto, o Espaço da Pecuária da Cooperaliança Carnes Nobres recebeu a visita de mais de 80 crianças do Colégio Integração. A visita teve o objetivo de divulgar a importância do campo e do produtor rural para vida de todos.
A acadêmica de nutrição Letícia Sabá explicou para as crianças a importância dos alimentos, como eles são produzidos e quais são os alimentos saudáveis.
Os pequenos também conheceram uma família de agricultores e tiveram a oportunidade de ver um carneirinho de perto. Todas ficaram encantadas. Depois do lanche saudável, que incluía suco de laranja natural, “x-carninha” e espetinho de frutas, a turminha foi até o barracão de animais.
Ana Beatriz, de cinco anos, disse que agora sabe de onde vem a cenoura que ela gosta tanto. “Eu amo cenoura, minha mãe disse que sou um coelho e agora sei como ela nasce”. O carneirinho também chamou muita atenção. “Ele é muito fofinho, amei passar a mão nele”.
Harmonização de carnes e cervejas
A Cooperaliança realizou o Workshop Harmonização de Carnes e Cervejas com degustação guiada no dia 7 de agosto, no Espaço da Pecuária, na Expogua. O evento foi conduzido pelos bier sommeliers, técnicos cervejeiros, Carlos Balkau (que também é gastrônomo) e Clayton Luiz de Andrade (que também é homebrewer).
Ambos explicaram a história da cerveja, seus ingredientes e como são as variações de harmonização. “As formas de harmonização são por contraste, semelhança, complementação e corte. Cada uma delas tem uma peculiaridade e primeiro é necessário fazer os testes. Todas elas têm uma diferença. Você pode fazer seu próprio teste em casa, sem ser especialista. Como faz? Testa a bebida com a comida, se sentir um prazer e uma vontade de um novo gole e uma nova garfada é porque deu certo”, explica Balkau.
Andrade detalha ainda diversos fatores que influenciam na harmonização. “Se a carne é assada, grelhada ou cru, como o carpaccio, muda o tipo de cerveja. O preparo, o tempero que se usa, se vai usar um molho também altera o tipo de cerveja”.
Para finalizar, Balkau deu algumas dicas para os cervejeiros de plantão: “Beba menos, beba melhor, beba local e coma local. Temos cervejas de qualidade produzida na nossa cidade, temos chefes altamente gabaritados e pessoas que entendem suficientemente do assunto para que as harmonizações corretas sejam feitas. Então, as pessoas de Guarapuava precisam começar a conhecer e valorizar isso”.
Seminário destacou gestão e nutrição na ovinocultura
Um dos eventos técnicos que despertou interesse de produtores, no Espaço da Pecuária da Cooperaliança, na 43ª Expogua, foi o Seminário de Ovinocultura. No dia 8 de agosto, esta etapa da programação trouxe duas palestras que abordaram questões do cotidiano dos ovinocultores. Uma renomada especialista na área, a professora Alda Lúcia Gomes Monteiro (LAPOC/UFPR), apresentou pesquisa de 2017 mostrando o perfil de 25 propriedades de ovinocultura de várias regiões do Paraná. Ela apontou também detalhes técnicos que, se deixados de lado, podem trazer prejuízo para o ovinocultor. Na sequência, com sua experiência de campo, o veterinário Alexandre Bombardelli de Melo, especialista em Produção e Nutrição de Pequenos Ruminantes (Universidade Tuiuti/PR), que atua na DSM, destacou aspectos importantes para o manejo alimentar dos animais. A REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou com os palestrantes.
Produção de Cordeiros de Corte
Alda Lúcia Gomes Monteiro – Doutora em Zootecnia (UNESP), agrônoma (ESALQ/USP) e coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Ovinos e Caprinos da UFPR (LAPOC).
“Não estamos num momento favorável para nenhuma atividade. Mas mesmo assim, acho que a gente tem que considerar a evolução da atividade de ovinocultura no Estado e a perspectiva de crescimento. Todos os levantamentos que fizemos com os proprietários nos últimos anos indicam, em números, que todos têm interesse em crescer. Então, a perspectiva é positiva”.
Manejo Nutricional de Ovelhas
Alexandre Bombardelli de Melo – Veterinário e supervisor técnico comercial da DSM, especialista em produção e nutrição de pequenos ruminantes (Tuiuti/PR).
“Entrei na empresa há 15 anos. Já tínhamos, na época, produtos inovadores. Mas hoje a velocidade (das mudanças) está muito alta. Não dá mais para fazer o básico. As empresas que estão buscando inovação, estão ancoradas na pesquisa, claro, a universidade faz parte deste contexto, as instituições de pesquisa”.
Ciclo de Palestras
Um debate sobre exigências e inovações da pecuária
Com um ciclo de palestras de especialistas em assuntos ligados à pecuária e ao agronegócio em geral, o Espaço da Pecuária da Cooperaliança, na 43ª Expogua, dia 10 de agosto, deixou uma mensagem clara aos bovinocultores de corte: é preciso entender melhor o mercado – das oportunidades para a carne nobre no Brasil às exigências dos compradores internacionais, passando pelas inovações tecnológicas da comercialização.
Mercado internacional de carne
Tatiana Lipovetskaia Palermo – Mestre em Direito Empresarial Internacional (Universidade de Leiden/Holanda); Mestre em Direito Privado (Escola Russa de Pós-Graduação); Bacharel em Direito pela Academia Federal de Direito dos Urais (Ekaterimburgo/Rússia); ex-secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do MAPA e colunista da Gazeta do Povo.
“Há muito espaço para a carne bovina (do Brasil, no mercado internacional). Temos bastante espaço porque a demanda mundial está crescendo, principalmente na Ásia. Está surgindo uma nova classe média, com a demanda pela proteína animal. Para exportar é extremamente importante você manter a qualidade. Tem de se estar atento às exigências do mercado importador”.
Perspectiva do mercado do boi e da carne
Thiago Carvalho – Doutor em administração de empresas (FEA/USP); mestre em Economia Aplicada e bacharel em Ciências Econômicas (ESALQ/USP); pesquisador do CEPEA/ESALQ/USP
“Oportunidades sempre existem, desde que (se tenha) um projeto bem estruturado, uma boa estratégia, sabendo onde se quer chegar. No mercado de carne, temos um grande mercado consumidor: 80% da nossa carne fica no mercado doméstico. A gente pode diferenciar produtos. Temos um nicho de mercado que busca padrão, conhecer cada vez mais novos cortes, novas raças. É aquela velha frase: o produtor precisa produzir mais com menos, porque o mercado exige isso”.
Gestão financeira (na propriedade rural)
Daniel Pagotto – MBA em Gestão Empresarial e Finanças (FGV), mestre em Agronegócio e agrônomo (ESALQ/USP). CEO e fundador da Tratto Consultoria – Gestão e Proteção de Patrimônio no Agronegócio
“A gente considera que só duas de cada 10 famílias de produtores rurais têm um modelo financeiro funcionando. Para quem quer começar, o jeito mais prático de fazer é estimando o que acontece no seu negócio. Na hora em que você começa a gerar um orçamento, em que você estima o que vai receber, o que vai custar, começa a ficar muito mais fácil fazer o gerenciamento do seu fluxo de caixa e também para encontrar o lucro do seu negócio”.
O dia a dia da gestão pecuária com o uso da tecnologia
Elder Bruno – MBA em Administração (UNA/Belo Horizonte-MG), especialista em produção animal, agrônomo (ESALQ/USP), head de Canais e Alianças da Jetbov e coordenador do Clube de Práticas Zootécnicas.
“Estamos passando por um processo de mudanças. Elas estão acontecendo muito rápido. Já temos vários recursos (programas e aplicativos), hoje, para garantir uma melhor qualidade, rapidez nos processos, para ter o negócio mais na mão e tomar decisão. Não adianta nada a gente coletar dados e não tomar nenhuma decisão. O processo (de produção) fica transparente, auditável, e consequentemente gera um resultado melhor no final”.
Benefícios da identificação eletrônica dos animais
Calebe Moreno – Biólogo (USTJ), possui curso para implantação de sistema HACCP na indústria da carne (ITAL-CTC) e gerente comercial de Marketing na Allflex Brasil.
“A identificação eletrônica traz uma série de vantagens dentro da propriedade: o produtor e os funcionários têm mais tempo para fazer um trabalho melhor. Além disso, traz maior segurança, porque você não tem erros de leitura dos animais, troca de animais. Inicialmente, para uma produção menor, pode ser considerado um investimento um pouco mais alto, mas é um investimento que você consegue diluir com o tempo”.
Case: a pecuária do futuro
Eduardo Coelho – médico veterinário, sócio e gerente de Produção da empresa Ruviara (São Borja – RS), consultor em Gestão de Produção de Pecuária de Corte
“Já chegou na hora dos pecuaristas terem um domínio maior de informações que vem dos animais. Nós estamos implantando essa gestão na empresa: coletamos todos os dados dos animais e tomamos decisões que proporcionam à propriedade um melhor desempenho e rentabilidade, dando um rumo certo para nossa atividade. Devemos assumir controles diversos para que, de fato, a propriedade se torne uma empresa, visando melhores números”.
Manejo de Pastagem
Felipe Moura – engenheiro agrônomo, mestre em Ciência Animal e Pastagens, vice-presidente de marketing da associação Brasileira de Angus, CEO do portal Pasto Online e sócio da TrattoConsultoria
“O esquema de produção a pasto passa pelo entendimento do que a fazenda tem de limitante, o entendimento do que significa produtividade e a forma de comportamento das plantas, para que eu faça uma colheita de pasto eficiente. Pasto tem que ser colhido como qualquer outra cultura. E há necessidade de fazer um planejamento forrageiro durante o ano todo, porque o pasto não produz igual o ano inteiro. Além disso, um planejamento área a área da fazenda. Porque dentro de uma mesma propriedade há diversas áreas que produzem diferente”.
Nutrição para carne de qualidade
Flavio Portela – Doutor em Animal Science pela Universityof Arizona, mestre em Nutrição Animal e Pastagens pela Universidade de São Paulo e professor da Esalq/USP
“A nutrição deve começar desde quando o bezerro ainda está dentro da vaca, depois precisamos pensar o nascimento, a desmama, recria e terminação. É preciso planejar as diversas etapas de um bezerro para produzir animal precoce, super precoce, jovem, bem acabado e com qualidade de carne. A vaca bem alimentada interfere no desempenho futuro do bezerro em termos de ganho de peso, potencial de marmoreio e carne de alta qualidade”.
Case de Verticalização da Produção – Farmtotable
Vitoriano Dornas Neto – especialista em produção de ruminantes e coordenador de pós-graduação e projetos do agronegócio na Rehagro
“O conceito é a ligação da fazenda à mesa do consumidor final. É garantir que você leve ao consumidor um produto que tenha rastreabilidade tota