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Quarta-feira, 17 de junho de 2020

Estiagem: desafio para as safras de feijão e batata

O produtor rural do centro-sul do Paraná viu, nos últimos meses, uma cena até então inacreditável: a região, conhecida por seu regime de chuvas regulares, sofreu os efeitos da seca que já é considerada uma das mais graves do Paraná, registrando danos à produtividade de lavouras comerciais no campo. A estranha beleza de céus permanentemente azuis trouxe uma dúvida inquietante: mesmo que volte a chover com frequência, quanto tempo será necessário para que o solo se recupere? E enquanto essas perguntas permaneciam em aberto, outro fenômeno ocorria, com a disparada do dólar no mercado financeiro do Brasil. Para trazer perspectivas das colheitas e da comercialização, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou com agricultores e técnicos.

 

Quando o tempo volta ao normal? – Esta foi a pergunta que o produtor rural, no centro-sul do Paraná e em todo o Estado, se fez entre o final do verão 2019/2020 e o início do outono. Conforme os dias ensolarados se estenderam durante semanas, entre janeiro e maio, o quadro da produção agrícola se modificou: a alegria com a safrade milho e soja,que teve clima favorável, produtividade elevada e preços bons, deu lugar à preocupação com afalta de precipitações pluviométricas em quantidade suficiente para a 2ª safra de algumas commoditiesigualmente importantes, comoo feijão, com ciclo de janeiro a abril, e a batata,cultivada entre dezembro e maio.

Houve propriedadeem quechegou até a ocorrer geada na lavoura, em baixadas, como na Fazenda Santa Cruz, em Guarapuava, tradicional emsoja, milho, trigo, aveia e feijão (cultivo rotacionado com cebola). Em entrevista por aplicativo para a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, dia 29 de abril, o produtor Felipe Cruz relatou queem seu casoa maior parte da área de feijão (foto principal) escapou pelo menos da primeira intempérie.Porém, ponderou, para o restante, a expectativa naquele momento era de que a colheita, no começo de maio, apontasse para queda na produtividade inicialmente esperada: “A estiagem está afetando não só a nossa região como várias: Mato Grosso do Sul, Norte do Paraná, o próprio Sul, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Só o pessoal que tem irrigação, no caso pivô, pode ser que produza a quantidade esperada. Não sei dizer quanto que vai quebrar a produção, mas acredito que pelo menos uns 30%. Antes da estiagem, acho que tudo mundo queria produzir próximo de uns 45 a 50 sacos por hectare.Acho difícil, com essa seca, passar de 35”, disse, avaliando a situação na propriedade de sua família.

Para a cebola, cultivada entre abril e novembro, Felipe Cruz pontuou que a cultura, recém-implantada, ainda não havia emergido e que, por isso, ainda considerava cedo para avaliar se a seca causaria ou não alguma redução significativa no desempenho da lavoura. Mas o sistema de irrigação funcionando sobo sol forte da tarde do dia 28 de abril já dava a medida do cuidado para tentar garantir a melhor produtividade possível desde o início do ciclo. “A expectativa é que talvez nessa estiagem as produtividades sejam menores. Já estamos bem experientes na cebola, com alta tecnologia.As lavouras são todas irrigadas. Só que numa lavoura que é irrigada com chuva normal, a produção é sempre melhor do que na irrigada, por mais que você tenha água disponível”, comentou.

Na cultura da batata, um dos produtores tradicionais de Guarapuava, Rene Bandeira, que se dedica aos tipos semente e indústria, beneficiando em estrutura própria, também sentia o impacto da seca.

Em entrevista dia 6 de maio, durante a colheita de lavouras semeadas entre dezembro e janeiro, o agricultorexplicou queno período o desafio foi manter a umidade no sistema: “O volume de água realmente foi o limitante nesse ano aí. As áreas maiores têm uma dificuldade para a irrigação bastante grande. Diferente das pequenas, que você consegue irrigar e já voltar a fazer a irrigação de novo. E em algumas, nem fizemos irrigação”.

Mesmo antes de encerrar a safra, ele já antevia um cenário: “Ainda não chegamos ao final.Estamos colhendo essas áreas agora, mas teríamos sempre uma meta de 30 t por hectare batata para a indústria. Não estamos chegando muito além de 20 t por hectare. Ou até menos em algumas áreas, perto de 15 t por hectare. Então, é uma perda de 50% mais ou menos”.

Comprodução contínua em lavouras semeadas de forma escalonada, de final de agosto ao início de fevereiro (ciclo em torno de 120 dias), Bandeira se preocupava já com as próximas safras: “Precisa chover muito para recuperar os rios”.

No escritório da Secretaria de Estado da Agricultura do Paraná(SEAB) em Guarapuava, o agrônomo JosneiAugusto da Silva Pinto, do Departamento de Economia Rural(DERAL), ao falar por telefone com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL,no dia 4 de maio, comentou quetambémnos demais municípios abrangidos pela regionalo impacto da estiagem já se fazia sentir.

No feijão de 2ª safra 2019/2020, do total de 221,9 mil hectares de área no Paraná, os 30,8 mil hectares de Guarapuava e região apresentavam (em 30/04)30% das lavouras em situação classificada pela SEAB como ruim e 70% média, com 0% boa. Comíndice de colheita de 15% (4,6 mil hectares), a produtividade finalestimada entre 1.800 a 2.000 kg por hectare, caiu para 1.212 kg por hectare.

Na produção, frente ao volumeesperado entre 55,4 mil e 61,6 mil t, o quadro apontava para 37,3 mil t – redução de 18% na comparação com a 2ª safra 2019/2019, com 45,3 mil t. “É uma das culturas que mais está sentindo (o tempo seco) – ela é sensível a essa questão da umidade”, resumiu o agrônomo do DERAL.

Em todo o Paraná, na mesma data,havia 22% de lavouras em situação ruim, 42% média e 37% boa. A primeira projeção de produção oscilava entre 407 mil e 467,8 mil t. Porém, com cerca de 14% da área colhida (31,1 mil hectares), a estimativa de produtividade final, antes calculada entre 1.834 kg/hectare e 2.108 kg/hectare, estava em 1.507 kg/hectare, indicando um volume final de 334,3 mil t – projeção de quebra de 7% frente à 2ª safra 2018/2019, com 360,2 mil t.

Na batata de 2ª safra 2019/2020, dos 11,8 mil hectares cultivados no Paraná, os 3,5 mil hectares de Guarapuava e regiãoregistravam 20% de lavouras em situação ruim, 40% média e 40% boa. Com 80% da área colhida, a produtividade se mostrava abaixo da previsão entre 35.000 e 39.000 kg/hectare, reduzindo-se para 31.100 kg/hectare. O volume de produção final, projetado entre 124,6 mil t e 138,8 mil t, havia sido reavaliado para 110,7 mil t – queda de 8%, diante da 2ª safra de 2018/2019, com 120,7 mil t.

Josnei Augusto da Silva Pinto recordou que, na batata, a estiagem prejudicava a irrigação, importante naquela cultura: “O pessoal que irriga está tendo dificuldade. Não tem água para irrigar o suficiente”, detalhou, referindo-se a Guarapuava e região.

No âmbito estadual, com índice de colheita em torno de 29% da área (3,31 mil hectares), a SEAB estimava que a 2ª safra de batata, prevista entre 319,6 mil e 357,8 mil t,deveria alcançar 312,22 mil t – o volume é praticamente o mesmo da 2ª safra anterior, que registrou 311,05 mil t.

No Sistema FAEP/SENAR-PR, em Curitiba, a agrônoma Flaviane Marcolin de Medeiros, que já esteve no centro-sul do Paraná em cursos e eventos técnicos rurais, conversou com a reportagem da REVISTA DO PRODUTOR RURAL, dia 4 de maio, quando comentou comoviao efeito da estiagem, em especial na produtividade do feijão de 2ª safra na região. Na cultura, destacou, o quadro foi resultado da combinação entre o tempo seco, atípico, e algumas características típicas da cultura, como o ciclo curto e a necessidade de boas precipitações pluviométricas: “Principalmente este (feijão) de 2ª safra. Quem plantou em janeiro, já está colhendo agora em abril. Esse foi bem o período que ficou com estiagem. O feijão é muito exigente em água e acredito que este curto ciclo também interfira, porque ele não tem tempo de se recuperar”.

Enquanto isso, no campo, as colheitas em Guarapuava e regiãocontinuariam sendo marcadas por emoções: no dia 7 de maio, mais apreensão, com a ocorrência de geada, em maior ou menor grau de acordo com o local; e na tarde do dia 13, alegria, agora com a primeira chuva mais significativa em várias semanas.

No entanto, relatório da SEAB em Guarapuava, divulgado dia 15 de maio, mostrava um panorama preocupante. Reunindo e relacionando dados meteorológicos divulgados por fontes como o SIMEPAR e o INMET, além de informações da própria secretaria, o técnico Dirlei Manfio (DERAL) destaca os efeitos da seca em alguns setores do agro paranaense.

Ao ressaltar que, de acordo com o SIMEPAR, esta é a maior estiagem já registrada no Paraná desde que aquela instituição iniciou o monitoramento, em 1997, ele aponta que no campo a falta de chuva interfere nas principais culturas da segunda safra, do milho e do feijão, inclusive a semeadura das culturas de inverno, bem como toda a cadeia produtiva da pecuária.

O técnico informa que, com a redução de chuva no mês de janeiro nas seis principais regiões produtoras, o volume médio ficou de 127 mm a 171 mm, o que ainda é aceitável. Com aquela quantidade de precipitações, o relatório avalia que ainda foi possível “alimentar” as plantas da primeira safra que estavam em floração e frutificação, as quais são as fases mais importantes para garantir a produtividade, bem como a germinação e desenvolvimento das culturas da segunda safra plantadas.

Ainda de acordo com o trabalho, que considera a média histórica de chuvas dos últimos 10 anos (2010 a 2019), em fevereiro a estiagem começou a ganhar força em todas as regiões, exceto no litoral. As regiões que mais apresentaram redução naquele mês foram Centro-Oeste (36%), Oeste (55%), Sudeste (39%) e a região Sul, com 35% a menos do que a média da série histórica. Mesmo assim, afirma a análise, os produtores conseguiram evoluir no plantio das culturas da segunda safra.

Em março e abril, prosseguiu a redução de chuvas nas regiões do estado: Centro-Oeste (62 e 60%), Noroeste (59 e 44%), Norte (56 e 62%), Oeste (70 e 70%), Sudoeste (72 e 69%), Sul (68 e 64%) e a Região do Litoral, com redução de 74% em março e 82% em abril deste ano em relação à média histórica.

Com base nos dados do SIMEPAR, Manfio observa que já em maio, na primeira quinzena do mês, a chuva foi praticamente inexistente em quase todas as regiões, com exceção da Região Sudoeste, com média de 84 mm de chuvas, mas muito abaixo da média histórica. Porém, nos municípios de Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Planalto, os volumes foram superiores a 100 mm, na primeira quinzena de maio de 2020, com 113, 150 e 102 mm, respectivamente.

Correlacionando os números da chuva com as áreas de abrangência das regionais da SEAB, o relatório mostra que no sul do Paraná, por ser uma região muito extensa, houve variação muito grande. O volume dos núcleos da secretaria em Guarapuava, Irati e Laranjeiras do Sul, média nos 15 dias, foi de 45 mm. Na regional de Curitiba, a média foi bem inferior, com apenas 9 mm. Nas outras regionais da Região Sul, a média foi de 20 mm para Ponta Grossa e 25 mm para União da Vitória.

Com isso, até metade de maio de 2020, a região paranaense mais afetada pela seca foi a Região Norte, com média de apenas 7 mm, mas em três municípios – Nova Tebas, Cambará e Joaquim Távora – não registraram chuva.

Por outro lado, o técnico do DERAL recorda os dados meteorológicos que apontam que o município que apresentou a maior redução nas chuvas de junho/19 a abril/20 foi Guarapuava. Levantamento do próprio DERAL, do Núcleo Regional da SEAB de Guarapuava, estima que as perdas provocadas pela seca chegam a 40% para o feijão e 20% para o milho, ambas na segunda safra.

Nas propriedades que se dedicam à agricultura também na estação fria do ano, Manfio vê outra conseqüência: o impacto que a estiagem vem provocando nos últimos dias na semeadura dos cereais de inverno. Alguns produtores que realizaram o plantio no “pó”, com a expectativa que iria chover na sequência, e outros que estão aguardando um volume de chuva considerável para poder realizar o plantio (No relatório do técnico do DERAL da SEAB de Guarapuava, como ele esclarece, as médias históricas [de chuvas] dos últimos 10 anos são do mês inteiro e o comparativo apresentado no trabalho, para o mês de maio, é até o dia 15/05/20 [15 dias]).

Entrevista

Oferta, preço e rentabilidade

Se por um lado, a estiagem afetou produtividade de feijão e batata na 2ª safra, por outro os preços se elevaram. Sobre a questão, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou com a agrônoma Ana Paula de Jesus Kovalski, da FAEP – Todo ano, ao lado de outros técnicos, ela participa de reuniões de levantamento de custos de produção agrícola, com produtores, em várias regiões do Paraná, no âmbito do Projeto Campo Futuro (iniciativa da CNA, com apoio das federações de agricultura, sindicatos rurais e universidades). 

RPR – Como você vê a rentabilidade dessas segundas safras que estão sendo colhidas no Paraná no momento em que a estiagem reduziu bastante a produtividade? Gostaríamos de iniciar falando da safra de feijão.

Ana Paula – Parafeijão e batata 2ª safra, o produtor ainda plantou com custos praticamente iguais ou ligeiramente superiores aos da safra passada. O custo operacional* do feijão 2ª safra, fixado lá em novembro/dezembro, estava em torno de R$ 3.700/ha em Guarapuava, de acordo com dados do Projeto Campo Futuro. Este valor é 5% superior ao da safra anterior.Por outro lado, o preço de comercialização do feijão carioca neste momento é 105% superior ao de maio de 2019 e 75% superior para o feijão preto.Esta variação nos preços do feijão deve-se principalmente à queda de produtividade desta segunda safra no Paraná em função da seca. A Conab, em seu levantamento de maio, estima uma redução média de 20% na produtividade do feijão 2ª safra no Paraná em relação à safra passada, com médias de produtividade de 24 sc/ha para o feijão carioca e 21 sc/ha para o feijão preto. Outro fator de alta dos preços foi a queda na produção da segunda safra em outros importantes estados produtores, como Minas Gerais (predominantemente feijão carioca) e Mato Grosso (predominantemente Caupi) e também o consumo mais aquecido desde o início da pandemia, que fez a 1ª safra ser rapidamente comercializada.

RPR – Você acha que na batata, que também sofreu com esta falta de chuva em quantidade suficiente, o produtor – analisando custo e rentabilidade – ainda vai ter um bom resultado?

Ana Paula – Quanto à batata 2ª safra, as variações de produção e preço estão sendo menores que as do feijão. A área plantada e a produtividade estão praticamente iguais às da safra passada para o estado do Paraná, ainda que em Guarapuava, a maior região produtora, o rendimento esteja 11% abaixo ao da 2ª safra de 2019, com 31 mil kg/ha. Os preços estão em ascensão desde janeiro e neste início de maio a média é de R$ 108/sc 50 kg, de acordo com levantamento do DERAL/SEAB. Esse valor é um dos maiores da série histórica para o mês. O consumo tem oscilado entre semanas de alta e de baixa, bem como a oferta,à medida que a colheita da segunda safra avança. Nessa segunda semana de maio, a previsão de chuvas dia 13 de maio, na região de Guarapuava, está influenciando diretamente os preços, impulsionando-os diante da impossibilidade de colher com chuva.(Nota: *Custo operacional são os gastos correntes da propriedade, que o produtor precisa desembolsar a cada safra, tais como insumos, pró-labore, mão-de-obra, operações mecânicas e despesas administrativas.)

 

PR: feijão registra alta na 2ª safra 2019/2020

No Paraná, onde o volume de 2ª safra de feijão tem previsão de queda em relação ao mesmo período do ano passado, ocorreu elevação da cotação, conforme mostra o levantamento denominado Cotação Diária – SIMA, que a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) realiza e divulga em seu site, com números mensais referentes ao mercado no Estado.

Na edição do dia 8 de maio, considerando uma média estadual da saca, o preto tipo 1 estava em R$ 206,15 e o carioca tipo 1, R$ 278,08. Na análise por região, as variações são ainda mais expressivas. Em Guarapuava, as vendas do preto tipo 1 oscilavam entre R$ 200,00 e R$ 220,00, enquanto em Ponta Grossa, entre R$ 210,00 e R$ 230,00 (maior valor máximo regional). No carioca tipo 1, Ivaiporã registrava cotação entre R$ 200,00 a R$ 240,00 e Umuarama, entre R$ R$ 270,00 e R$ 350,00 (a pesquisa incluiu ainda Campo Mourão, Curitiba, Irati, Laranjeiras do Sul, Pato Branco e União da Vitória).

Analisando o mercado em âmbito nacional, a CONAB, em levantamento de safra de 12 de maio, observa ser difícil prever até onde a alta poderia chegar, já que haveria dificuldade do setor beneficiador repassar aumento de preço para o varejo e para o consumidor. Na balança comercial, os números mostravam redução nas importações devido à alta do dólar no Brasil. Nas exportações, a análise considerava que não havia perspectiva de expansão em função da redução de plantio e do limitado mercado do feijão-caupi.

CONAB: em nível nacional, safra de feijão deve se manter estável

A estimativa da CONAB é de que, somadas, as produções das três safras de feijão em todo o país resultarão numa produção estável em relação ao ano passado. Em escala nacional, a companhia prevê que, em 2019/2020, a 1ª safra de feijão fica em 1,08 milhão t, 8,9% superior ao volume produzido no período anterior, com a 2ª sendo estimada em 1,24 milhão t. A 3ª está em fase de plantio (área está estimada em 589,5 mil hectares). Com isso, a produção total de feijão no Brasil chega a 3,04 milhões t, quase igual ao de 2018/2019, com 3,01 milhão t. A estimativa consta do levantamento de safra do dia 12 de maio de 2020.

Brasil: estimativa de colheitarecorde, com 250,9 milhões tem 2019/2020

Embora a estiagem ocorrida entre final de 2019 e início de 2020 tenha afetado a produtividade de diversas culturas, em várias regiões agrícolas do Brasil, a CONAB aponta que o país terá, em 2019/2020, uma produção recorde. De acordo com a 8ª edição de seu levantamento de safra, divulgada pela companhia no dia 12 de maio, abrangendo todas as produções de grãos (verão e inverno), o volume total chega a 250,9 milhões t, com 8,8 milhões t a mais do que em 2018/2019, quando também segundo a companhia o país colheu 242,05 milhões t.

Neste panorama, soja e milho permanecem como culturas importantes. No cultivo da oleaginosa, a produção está estimada em 120,3 milhões de t, numa elevação de 4,6% em relação à safra 2018/2019, com 115 milhões t.

No milho, somadas as três safras, a produção deverá ser de 102,3 milhões de t, com expansão de 2,3% frente a 2018/2019, que registrou 100 milh

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