Sexta-feira, 24 de março de 2017
A colheita de maçã (Eva e Gala) já está terminando no Paraná. Ao longo desta safra, o clima colaborou no desenvolvimento das frutas, mas os preços pagos ao produtor rural atingiram os menores patamares de janeiro para cá. O pico da safra em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul pressionou o mercado por aqui, com o excesso de oferta da fruta.
O produtor rural Ivanir Leopoldo Dalanhol, de Palmas, na região Centro-Sul do Estado, finalizou a colheita de maçã Gala no início deste mês. Segundo ele, em janeiro a caixa (18 quilos) estava sendo comercializada a R$ 36, valor que caiu para R$ 16 nas últimas três semanas. Pelas contas de Dalanhol, o atual preço não cobre os custos de produção. “O quilo deve ser remunerado a pelo menos R$ 1 para compensar o cultivo da fruta”, avalia o produtor, que também é diretor-técnico da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM).
Há 12 anos, Dalanhol investe no cultivo de maçã em 28 hectares, sendo 10 hectares de pomar destinados ao cultivo da Gala e 18 hectares na variedade Fuji, cuja colheita começa no mês que vem. “A minha expectativa é de que até lá os preços melhorem”, afirma.
O cenário de mercado foi diferente para o fruticultor Paulo Carlos Cosmo, de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Numa área de 20 hectares, no final de fevereiro, ele colheu 600 toneladas de maçã da variedade Eva, cultivada em regiões de climas quentes. Comercializou a caixa a R$ 40, na categoria 1, quando a maçã apresenta no máximo até dois defeitos por fruto.
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