Núcleos Centro e Sul dos Sindicatos Rurais realizam reunião sobre segurança no campo

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Quarta-feira, 19 de junho de 2024

Núcleos Centro e Sul dos Sindicatos Rurais realizam reunião sobre segurança no campo

Os Núcleos dos Sindicatos Rurais Centro e Sul do Paraná, com apoio do Sistema FAEP/SENAR-PR, promoveram na manhã desta quarta-feira, 19, no Sindicato Rural de Guarapuava, reunião sobre o Projeto Patrulha Rural Comunitária 4.0. 
Com a presença da Polícia Militar e da Patrulha Rural e a participação de lideranças sindicais rurais e produtores, o objetivo foi debater estratégias de comunicação, monitoramento e ações para que o maior número de propriedades rurais se cadastre no Programa de Segurança Rural do estado do Paraná. 
Após a abertura, realizada pelo presidente do Núcleo dos Sindicatos Rurais Centro, Rodolpho Botelho, a advogada Edivânia Picolo, do Departamento Jurídico do Sistema FAEP/SENAR-PR, abordou o posicionamento da Federação em relação ao VTN (Valor da Terra Nua), no Paraná. A entidade aponta que o preço atual é muito alto e o cálculo deveria seguir um critério diferente do que acontece em várias regiões: “Muitas prefeituras fizeram adesão ao convênio da Receita Federal. No que se chama de municipalização do ITR, na qual a prefeitura cobra e fiscaliza a questão do ITR, ela também se vê responsabilizada em formar o VTN de seu município. Ocorre que as prefeituras têm usado a tabela do DERAL como base de cálculo. Se você pegar um valor, tem que descontar tudo aquilo que o produtor investiu naquele imóvel para chegar ao VTN. Isso é feito por meio de um laudo técnico. Todas as prefeituras que fizeram o convênio da adesão do ITR têm que fazer este laudo”, disse Edivânia. 
Na sequência, o capitão Ícares Correa de Jesus, chefe da Coordenadoria de Patrulha Rural Comunitária da Polícia Militar do Paraná, fez comparativo de resultados entre maio de 2023 e de 2024. No ambiente rural houve reduções no número de homicídios (-23,8%), roubo (-22,9%), roubo de veículos (-44,6%), furto qualificado (-23,1%), furto/roubo de insumos (-30,1%) e de feminicídio (-71,4%). 
Em entrevista, ele acrescentou que a reunião de hoje é parte de um esforço realizado em todo o Paraná: “O nosso evento aqui faz parte de um conjunto de palestras, em nível estadual, passamos por todas as regiões, divulgando o trabalho da Patrulha Rural, como uma forma de prestação de contas para a comunidade. Estamos apresentando os resultados, que são muito positivos, principalmente a diminuição dos índices criminais e também os resultados operacionais, que é a expansão do programa junto à comunidade, o cadastramento e o georreferenciamento das propriedades, a instalação de placas de identificação. Guarapuava é uma das regiões que mais avançou nesse aspecto. A gente entende que a população é a extensão da ação policial, porque ela alerta as questões de segurança na sua região”. 
Num pronunciamento ao final do encontro, Botelho ressaltou, entre outros temas, a necessidade de comunicação entre produtores rurais e Patrulhas Rurais no esforço para a segurança no campo: “Só no Sindicato Rural temos quatro grupos de WhatsApp. As funções desses grupos: (comunicar) carros quebrados, parados, alguma movimentação suspeita. Cada vez a gente tem que aproximar mais a comunidade e usar essas ferramentas”. 
No encerramento, a PM entregou certificados de agradecimento por amizade e cooperação com o 16º BPM a alguns produtores rurais, entre os quais o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Botelho. Também homenageado na ocasião, Jandir Manoel Ortiz, suinocultor no distrito de Palmeirinha (Guarapuava), se disse honrado e enalteceu o trabalho da Patrulha Rural: “Nunca tivemos nenhum tipo de sinistro, graças a Deus e a esse pessoal, que sempre está monitorando por lá. Só a presença deles, tenho certeza absoluta, inibe qualquer interesse obscuro de alguma pessoa. É muito importante a circulação deles”, disse. 
O comandante do 16º BPM de Guarapuava, Major Busnello, também classificou como importante o contato entre produtores e Patrulha Rural: “Especificamente em Guarapuava, com sua grande extensão territorial, há uma necessidade de fazer um trabalho diferenciado. Impomos uma equipe específica do policiamento rural, mas também fazemos algumas ações para minimizar essa questão da extensão territorial e a informação chegar mais rápido. Temos grupos de rede de comunicação, através do WhatsApp, do Telegram, onde podemos receber informações da comunidade, justamente para que a gente consiga exercer a atividade de policiamento”.

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