Quinta-feira, 30 de março de 2023
O Conselho de Sanidade Agropecuária (CSA) de Guarapuava realizou nesta quinta-feira (13), o 2º Encontro de Sanidade Animal. O evento teve apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, Sistema FAEP/Senar, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Secretaria Municipal de Agricultura, Secretaria da agricultura e do Abastecimento do Estado (Seab), IDR – Paraná e UniGuairacá, contando com a presença de mais de 200 pessoas, entre autoridades, pecuaristas, técnicos e estudantes.
O presidente do CSA Rodolpho Botelho, pecuarista e presidente do Sindicato Rural recepcionou os presentes alertando sobre a importância dos assuntos tratados no evento: Influenza Aviária e Raiva. “Há uma grande preocupação da sanidade animal. Hoje o mundo tem protocolos de importação e exportação baseados nas questões sanitárias. Por isso, precisamos estar preparados. A avicultura para o Paraná é muito importante, este é o segundo item em exportação do estado, após o complexo soja. Não podemos ser afetados”, ressaltou.
O gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias disse que, atualmente, o mundo vive a pior crise de Influenza Aviária. Apesar de o Brasil ainda não ter registro de nenhum caso, é preciso ligar o alerta máximo, já que a doença está presente em países vizinhos, como a Argentina. “É preciso agora informação e prevenção. E caso ela ocorra aqui, precisamos ter uma resposta rápida”.
As orientações principais passadas por Dias é que o produtor com avicultura comercial reforce as medidas de biosseguridade. “A tela do aviário precisa estar íntegra, evitando que aves silvestres entrem em contato com os frangos, reforçar desinfecção dos veículos, evitar entrada de pessoas estranhas ao processo nos aviários. Aqueles que têm frango de fundo de quintal precisam saber identificar a doença e notificar a Adapar. Aves com sinais neurológicos, digestivos e respiratórios, além de mortalidade aguda são sinais de alerta. Nestes casos, precisa notificar também a Adapar o quanto antes”, pontuou.
Já sobre a raiva, a coordenadora do Programa da Raiva da Adapar, Elzira Jorge Pierre ministrou palestra sobre o assunto. “A única maneira de se prevenir a raiva, uma doença que não tem cura ou tratamento e é fatal é através da vacinação dos animais”, ressaltou.
Ela também lembrou que não é matando os morcegos que é feito o controle da doença. Apenas os morcegos hematófagos transmitem e nem todos estão contaminados. “Qualquer caso suspeito deve ser notificado à Adapar para os procedimentos corretos do diagnóstico, emissão do laudo e comunicação ao serviço de saúde. Afinal, esta é uma zoonese, quando há transmissão do animal para humano. Por isso, precisa haver cuidado ao manusear o animal suspeito de contaminação, para que não haja problemas”.
Hoje, o Paraná tem 31 focos de raiva e 100 casos, em média, são registrados anualmente.