Segunda-feira, 28 de maio de 2018
A greve dos caminhoneiros obteve o resultado esperado, com a redução dos tributos federais que incidem sobre o preço do óleo diesel em R$ 0,46 (isenção de Cide, Pis/Cofins), preço contido por 60 dias, isenção da cobrança por eixo suspenso nos pedágios e tabela mínima de frete. O resultado na redução do preço do diesel também responde a reivindicação dos produtores rurais, por ser um dos componentes no custo de produção.
Ao longo dos dias de paralisação, os produtores rurais, por meio dos seus sindicatos, prestaram solidariedade aos caminhoneiros, mesmo arcando com prejuízos significativos, por saberem da justiça de suas demandas. Não foram poucos os episódios em que produtores participaram ativamente do movimento, com fornecimento de alimentos, cobertores e, sobretudo, com a compreensão.
Porém, agora, uma vez atendida as reivindicações, a greve dos caminhoneiros perdeu a razão de continuidade. Restabelecer o abastecimento tanto de combustível como dos produtos de alimentação da população se faz urgente.
No campo é hora de permitir que a produção agropecuária retome a normalidade, por exemplo, que as granjas de aves e suínos e a pecuária de leite recebam a ração necessária para alimentação dos animais e que os produtores rurais possam levar livremente a sua produção ao mercado. De acordo com informações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), 64 milhões de aves já foram sacrificadas por falta de ração e insumos. Mais, se o fornecimento não for regularizado nos próximos dias, 1 bilhão de aves e 20 mil suínos podem morrer por falta de alimentos, sendo a região Sul a mais atingia. Ou seja, a retomada do fornecimento se faz urgente, para que os prejuízos não sejam ainda maiores.
O Brasil ainda enfrenta a crise criada por políticas econômicas inconsequentes. Precisamos trabalhar e produzir para recuperar o que perdemos nestes últimos anos.
Atenciosamente
Ágide Meneguette
Presidente do Sistema FAEP