Segunda-feira, 05 de fevereiro de 2018
Curitiba, 5 de fevereiro de 2018
A Federação da Agricultura do Estado do Paraná, vem a público repudiar a decisão da Justiça Federal ao embargar a exportação de gado vivo em todo o território nacional, na última sexta feira, 2 de fevereiro.
É lamentável que Organizações Não Governamentais, pautadas única e exclusivamente em questões ideológicas, sem o devido conhecimento técnico e científico, encontrem amparo no Poder Judiciário brasileiro para prejudicar uma modalidade responsável pela geração de US$ 275 milhões em 2017.
Proibir o transporte para a Turquia de 27 mil animais vivos, alegando maus tratos sem apresentar as devidas provas, prejudica a imagem do país frente à comunidade internacional.
Mesmo revogada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região no domingo, 4 de fevereiro, a decisão judicial que proibia as exportações traz insegurança jurídica e abre precedentes desagradáveis. É inaceitável que a ideologia venha a suplantar o caráter técnico estabelecido por profissionais de excelência na área de produção animal.
O Brasil é signatário de normas internacionais de boas práticas produtivas, estabelecidas pela Organização Nacional de Saúde Animal – OIE. A atividade de exportação de gado vivo é regulamentada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e reconhecida pela Agencia Nacional de Transportes Terrestres.
Os produtores brasileiros estão sujeitos a toda sorte de intempéries climáticas, à legislação ambiental mais restritiva do mundo e a estritos códigos sanitários, reconhecidos inclusive internacionalmente. Mesmo assim, o produtor faz cumprir a função social da terra, respeitando a legislação, o bem-estar animal e gerando divisas em um país que cresce em população e renda.
A cadeia da carne bovina, movimenta cerca de R$ 170 bilhões anualmente, empregando mais de 7 milhões de trabalhadores brasileiros e produzindo mais de 9 milhões de toneladas de proteína animal de alta qualidade. Mais de 140 países reconhecem a excelência na produção brasileira e importam a proteína vermelha anualmente.
(Foto ilustrativa: Sindicato Rural de Guarapuava/Arquivo)