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Segunda-feira, 09 de março de 2020

Guarapuava e região na rota das viagens técnicas do agronegócio

No setor rural de Guarapuava e região, o ano de 2020 começou reafirmando a posição do centro-sul do Paraná como um dos locais que vêm atraindo a atenção de produtores brasileiros e estrangeiros em busca de ampliar conhecimentos. Entre o final de janeiro e a primeira quinzena de fevereiro, vários grupos de agropecuaristas ou profissionais ligados ao agronegócio incluíram este ponto como escala de suas viagens técnicas. Partindo de lugares tão diversos como Nova Zelândia, Alemanha, Mato Grosso, Santa Catarina e Pará, eles vieram ver de perto segmentos que ao longo do tempo cresceram e se destacaram – cooperativas da agricultura e da pecuária, que orientadas por uma gestão cada vez mais profissional seguiram investindo em indústrias de grande porte, verticalizando a produção dos cooperados e promovendo eventos técnicos para compartilhar a inovação; propriedades tecnificadas que muitas vezes registram produtividades em lavouras de verão ou inverno superiores às médias nacionais; famílias de produtores à frente de fazendas com cerca de um século de existência ou mais, que hoje realizam a sucessão para as novas gerações e demonstram ousadia, se aprofundando em opções de produção como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Com isso, além de gerar informação técnica para agricultores e pecuaristas locais, o setor rural de Guarapuava e região se desenvolve também como um espaço para difusão de experiências entre visitantes e anfitriões. Neste ambiente de expansão das visões sobre modelos produtivos, as cooperativas e as entidades de representatividade do agro, como os sindicatos rurais, as federações estaduais da agricultura, ao lado de vários agricultores e pecuaristas, têm se destacado como organizadores das viagens técnicas ou apoiadores de etapas locais dos roteiros pelas regiões percorridas. AREVISTA DO PRODUTOR RURAL inicia o ano com uma reportagem que apresenta o significado de abrir as porteiras para novas idéias e novos tempos.

Um grupo de produtores vindo de países como Alemanha, Suíça, Luxemburgo e Nova Zelândia, passou pelo centro-sul do Paraná, nos dias 29 e 30 de janeiro, com o objetivo de conhecer agricultura e agroindustrialização. No distrito de Entre Rios, o roteiro incluiu a Agrária. Fundada em 1951 por imigrantes suábios do Danúbio que se fixaram no município, a cooperativa se destacou por realizar pesquisas agrícolas para gerar informação regional sobre soja, milho, trigo, cevada e aveia (entre outras culturas), por verticalizar a produção dos cooperados com várias indústrias (moinho de trigo, maltaria, fábrica de rações, de óleo e farelo de soja, ao lado da industrialização de milho) e por promover dois dos principais eventos técnicos do calendário agrícola regional: o Dia de Campo de Verão e o Wintershow.

O grupo do exterior conversou com o coordenador de Assistência Técnica e diretor administrativo da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), Márcio Mourão. Em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, ele reafirmou a importância do intercâmbio de experiências. “A gente acredita que este tipo de relacionamento, essas visitas técnicas, a formação de networking, a troca de experiências são fundamentais para a melhoria de qualquer processo. Isso tem se intensificado e tem sido muito produtivo, porque os interessados conseguem ver, in loco, o que muitas vezes hoje se coloca em sites, em matérias. Eles conseguem comprovar pelo visual, pelo maior contato, o que é discutido muitas vezes de uma maneira mais teórica”, comentou. Mourão analisa que as visitam divulgam e reconhecem o trabalho do setor rural regional. “Para a cooperativa Agrária também é de muita importância receber esses visitantes, pela divulgação do nome da cooperativa e da região como sendo de muita tecnologia aplicada na agricultura. A procura de grupos do exterior e de outras regiões do país comprova o elevado nível de tecnologia aplicado aqui”(a assessoria de comunicação da Agrária informou ainda que apenas do início do ano até o dia 12 de fevereiro, a cooperativa já havia recebido três outras visitas técnicas, entre parceiros, pessoas de outras cooperativas e de universidades).

Também em Entre Rios, outra etapa do itinerário foi uma propriedade de suinocultura do Grupo Leh, que abrange igualmente a criação de bovinos, ovinos, agricultura com lavouras de verão e inverno e silvicultura. Dividindo com familiares a gestão das atividades, Wienfried Leh enalteceu a importância das viagens técnicas e considerou que, o contato entre produtores locais e de outros lugares deveria ser até mais intenso. “Poderíamos estar melhor visitados e deveríamos estar visitando mais, pelo tanto que a tecnologia evolui”, pontuou. Ele recordou que tem recebido, há vários anos, produtores do Brasil e do exterior e que realiza com alegria a tarefa de explicar seu sistema produtivo, frisando que apenas a entrada nas granjas não é permitida devido a normas para manter a sanidade animal.

Ele assinalou ainda que mais agropecuaristas locais também deveriam se encontrar com os grupos que visitam propriedades em Guarapuava e região, visando ampliar o intercâmbio de experiências: “Seja no sindicato, na cooperativa, numa fazenda, para ter uma interação maior”.

Sucessão familiar

À frente da suinocultura, Leh detalhou que, desta vez, o foco dos visitantes foi a sustentabilidade econômica das propriedades ao longo das gerações: “O que interessa muito para eles é como funciona a questão da sucessão familiar, da permanência da juventude no campo. Falei sobre como a gente enfrentou a sucessão”, disse, referindo-se à sua família. E completou destacando uma característica dos produtores estrangeiros que tem recepcionado: “São grupos de pessoas, na média, de 50 a 70 anos. Ou seja: a geração nova é que não está vindo. Então, eles querem saber como a gente faz essa introdução dos filhos na atividade”.

O produtor rural de Entre Rios conclui que a troca de idéias é construtiva para visitantes e anfitriões, independente do lugar de origem: “São extremamente importantes essas vindas, seja do exterior ou daqui mesmo”.

Rentabilidade

Outra escala do grupo do exterior ocorreu em uma propriedade do Grupo Reinhofer. Pertencente às gerações mais novas de sua família, o produtor Robert Reinhofer concorda que o diálogo com visitantes ajuda a ampliar a visão sobre o setor e assinalou os temas que despertaram interesse: “É válido, pela troca de experiência e situações vividas, em outras regiões ou países, as dificuldades atuais e o que o produtor está fazendo para as reverter. Na última semana, recebemos um grupo da Suíça. Há um grande interesse no manejo que utilizamos, rotação de culturas, plantio direto, sustentabilidade, rastreabilidade de grãos, mas principalmente produtividade e custos de produção, ou seja, rentabilidade. A grande preocupação da maioria é como sobreviver nesse setor cada vez mais competitivo, que remunera cada vez menos e recebe cada vez mais pressão dos setores políticos e ambientais”, declarou em entrevista.

Sistemas Integrado de Produção Agrossilvipastoril

No dia 30, antes de seguir viagem, o grupo se dirigiu a uma das propriedades que praticam a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) na região, a Fazenda Capão Redondo (Candói), do presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho para conhecer aquele tipo de produção. Embora o giro no local tenha sido cancelado de última hora, devido à chuva, a troca de ideias foi mantida durante uma parada nas proximidades da propriedade, à margem da BR 277.Médico veterinário da assistência técnica do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IAPAR/EMATER) em Guarapuava, Celso Doliveira apresentou ações locais do IDR ou das quais o instituto participa. “Foi explicado como é que funciona o Projeto Leite Competitivo Sul, na área de bovinocultura de leite, quais são os critérios de enquadramento dos produtores aos quais damos assistência técnica, e como a gente vai promovendo a inclusão produtiva e a evolução tecnológica desses produtores”, relatou. Na pecuária de corte, Doliveira citou que o IDR participa do Plano Pecuária Moderna, lançado no Paraná em 2015, orientando a implantação dos Sistemas Integrados de Produção Agrossilvopastoris. “Isso também despertou um grande interesse para eles, porque são áreas em que não está havendo desmate – está havendo fertilização, promovendo melhoria na produção da erva-mate, do pinheiro, das espécies nativas, aumentando o número de cabeças por área, principalmente para a produção de bezerros”.

Forrageiras de inverno na ILPF

Lembrando que ILP se pratica em várias partes do Brasil, o veterinário ressalta que a seu ver, um dos temas que tem atraído visitas técnicas rurais, é o modelo adotado em Guarapuava e região devido ao clima frio. “Tanto na ILP quanto na ILPF, o fato de a gente usar forrageiras de inverno é um diferencial. O que tem de novidade aqui em Guarapuava é um projeto ainda em situação embrionária, que é essa integração com espécies nativas. Com espécies exóticas, em diversas regiões isso já vem sendo feito. Isso, acredito que ainda vai ter muita pesquisa, muito o que se aprender nessa tecnologia”, considerou.

O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava também falou com os visitantes, detalhando o modelo de ILPF específico de sua propriedade.

À frente da empresa que realizou o roteiro e guia do grupo no trajeto, Suzy Tietz contou que a programação total incluiu Argentina, Uruguai e, no Brasil, os estados do Paraná e São Paulo. Conforme comentou em entrevista, a seu ver, o centro-sul paranaense tem atraído visitas técnicas de produtores devido à diversificação das atividades rurais: “O interesse pelo Brasil e principalmente pela região do Paraná, que é o segundo maior produtor de grãos do país, é muito grande. Como (em Guarapuava) vocês têm o cultivo da cevada, criação de gado, suínos, é uma região que tem soja, milho, automaticamente é uma referência”.

Do Mato Grosso para Guarapuava e região, com apoio do SENAR.

Dias depois, Guarapuava permaneceria na rota das visitas técnicas. Num giro organizado pelo SENAR-MT e sindicatos rurais de alguns municípios do Mato Grosso com apoio da FAMATO (Federão da Agricultura daquele estado), um grupo de produtores, entre agricultores e pecuaristas de corte e de leite, ao lado de membros das entidades organizadoras, partiu de Cuiabá, em 2 de fevereiro, e percorreu mais de 1.500 quilômetros para conferir a agropecuária e o sistema de representatividade e capacitação rural do Paraná. Depois de visitar, no dia seguinte, o Centro de Treinamento Agropecuário (CTA) do SENAR-PR em Ibiporã (Norte do PR), os matogrossenses passaram por Guarapuava, dia 4, em direção também à propriedade do presidente do Sindicato Rural de Guarapuava para conhecer a ILPF no local.

Na fazenda, palestra apresentada por Botelho e pelo professor doutor Sebastião Brasil (Unicentro), especialista em forrageiras que há anos desenvolve pesquisas no local, apresentou conceitos que vêm norteando a produção, como qualidade genética, bem-estar animal, respeito ao meio-ambiente e apoio à pesquisa agropecuária. De acordo com os dados, a integração ocorre com pecuária de corte (750 bovinos e 350 ovinos), pastagens de verão e de inverno (tifton, aruana, papuã, aveia preta de cobertura, branca para pastagem e azevém tetraplóide), controle de piquetes (registro da área de cada um, do tipo de pastagem, datas de entrada e saída dos animais e unidade animal/hectare), ao lado de eucalipto (entrelinhas de 30 metros) e agricultura (em 2018/2019, soja teve produtividade de 4,2 mil kg/ha; milho, perto de 12,9 mil kg/ha; e trigo, 3,6 mil kg/ha). “Um dos focos principais aqui é o melhoramento de pastagem, trabalhar com o maior tempo possível dos animais a pasto”, detalhou o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava.  

Logo após a apresentação, os visitantes foram ver o trabalho no campo. Coordenador técnico do SENAR-MT, Wlademiro Silvano Pereira Neto destacou em entrevista que a visita proporcionava o contato com perspectivas diferentes: “Essa semana foi preparada para o grupo de produtores na intenção de levá-los a conhecer um pouco mais de tecnologias que já são de fato utilizadas e que têm um resultado positivo. Esta propriedade é um marco: é histórica, vive o trabalho de sucessão familiar e também utiliza lavoura-pecuária-floresta de uma forma integrada. A gente consegue vivenciar e perceber o empenho da tecnologia para que se tenha melhores resultados em cada uma das atividades”.

Em sua avaliação, a compreensão da integração precisa ser ampliada: “No MT, existem propriedades que implementam esta tecnologia, mas entendemos que o sistema de fato precisa ser desenvolvido. O produtor precisa entender e valorizar esse trabalho de consórcio entre as cadeias produtivas, para que tenha uma maior rentabilidade”.

Ele antecipou ainda uma novidade que promete impulsionar a ideia dos sistemas integrados em seu estado: “O Mato Grosso foi contemplado com um Centro de Excelência. É um projeto nacional do SENAR Brasil. A nossa unidade será em Tangará da Serra, focada no trabalho de integração lavoura-pecuária-floresta. A licitação aconteceu no final do ano passado e as obras se iniciam neste ano. A implantação deste centro será um marco na socialização do conhecimento específico. Acreditamos que os produtores terão mais acesso a essas tecnologias e que, com isso, a integração vai se tornar mais comum no MT”.

Para outro participante do grupo, o presidente do Sindicato Rural de São José dos Quatro Marcos (MT), Alessandro Casado da Silva, o que chamou a atenção foi a sustentabilidade econômica da fazenda, que como outras na região surgiu no século 19 e desde então passa de geração a geração. “Isso é uma preocupação para nós. Os filhos estão saindo para estudar, muitas vezes deixando a zona rural, que é a nossa atividade principal. Hoje, já temos um programa, da FAMATO/SENAR-MT, a Sucessão Familiar, que é para trazer o interesse dos nossos filhos para ficarem ainda na propriedade”.

Acompanhando o grupo na propriedade, o supervisor da regional do SENAR-PR em Guarapuava, Aparecido Grosse, afirmou que atualmente o conhecimento é o recurso mais importante também no setor agropecuário. Ele enalteceu a troca de experiências das viagens técnicas, tanto entre os produtores, quanto entre os colegas do SENAR de diferentes estados: “Acho que estamos num momento de comunicação entre ambas as partes. Essas visitas conseguem fazer com que a gente reflita sobre os nossos trabalhos e fale sobre os que estão dando resultado na região”.

Grosse apontou ainda que a difusão e a uniformização de conhecimentos técnicos rurais, com base científica, como nos cursos do SENAR, têm seu significado no Paraná e em outros estados, contribuindo para a tomada de decisões do produtor na lida diária: “Mesmo que as pessoas tenham muitos conhecimentos, se esses conhecimentos não têm a mesma linha de pensamento, isso acaba criando algumas divergências até mesmo dentro da família. Quando temos qualificação profissional, todos começam a ter a mesma linha”. Nestas capacitações, frisou, o SENAR trabalha com base científica, sem direcionamento comercial: “Levamos informação que é resultado de pesquisa, daquilo que está dando resultado. Então, se consegue nivelar as pessoas para trabalhar no mesmo sentido. Você acaba tenho ganhos tanto do ponto de vista do melhoramento da mão-de-obra quanto da própria relação humana”.

A etapa final da programação da comitiva matogrossense no centro-sul do Paraná aconteceu no Sindicato Rural de Guarapuava, na manhã de 5 de fevereiro. Recepcionados pela gerente, Luciana de Queiroga Bren, o grupo conheceu as instalações e atividades, seguindo viagem depois a Cascavel, para visitar o Show Rural 2020 da Coopavel.

Na mesma semana, Guarapuava e região seriam destino de mais um grupo – desta vez, produtores vindos de Campos Novos, no vizinho estado de Santa Catarina, onde se dedicam à agricultura e pecuária e participam do Projeto de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), do SENAR-SC (Segundo o site da entidade catarinense de capacitação rural, o projeto surgiu de convênio entre o SENAR Central e o MAPA, com Santa Catarina sendo um estado pioneiro em sua implementação, no ano de 2016, com foco na pecuária leiteira). Organizado pelo Sindicato Rural daquele município e o SENAR-SC, o roteiro também levou os visitantes a Candói, para ver a ILPF na fazenda visitada dias antes pelo grupo do Mato Grosso.

Sanidade animal e vegetal

Em sua saudação de boas-vindas, o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava relembrou que o agro tem contribuído para o fortalecimento da economia do Brasil e mencionou que, na economia atual, a sanidade dos alimentos de origem animal ou vegetal passou a ser uma condição para que o produtor brasileiro possa ter um maior acesso aos mercados: “O Brasil é o único país que tem capacidade de produzir mais alimentos sem mexer em florestas. É o segundo maior exportador de aves, o maior de carne bovina, o maior de soja e tem mercado para crescer, principalmente no sudoeste asiático, onde a demanda é muito grande”. Mas para aquele avanço, sublinhou Botelho, qualidade passou a ser obrigatória: “Isso que Santa Catarina tem feito, e que o Paraná está trabalhando, é para ter uma melhor sanidade animal e vegetal. Cada vez mais a briga comercial entre países vai ser em cima de qualidade e sanidade. O produtor tem que estar preparado para fazer seu trabalho de casa. Acho que toda tecnologia é bem-vinda, desde que traga resultado financeiro e harmonia ao meio-ambiente”. 

A tarde prosseguiu com uma palestra sobre os principais aspectos da produção na fazenda e um giro pelo campo.

Em entrevista, o presidente do Sindicato Rural de Campos Novos, Luiz Sérgio Gris Filho, agradeceu a recepção: “Primeiro, não poderíamos deixar de agradecer ao Sindicato Rural de Guarapuava por ter esse desprendimento de fazer essa interação. O nosso objetivo sempre é fornecer informações e tecnificar cada vez mais o nosso associado e principalmente os produtores que participam da assistência técnica e gerencial do SENAR lá de Santa Catarina”.

Gris Filho fez uma avaliação positiva da visita: “Saímos daqui muito satisfeitos com o que vimos. O agronegócio, nessa interação entre associações, entidades e produtores, cada vez mais vai alavancar não só o Paraná e Santa Catarina como todo o Brasil. Hoje temos o objetivo de mostrar novas tecnologias, o que está sendo implementado nas propriedades aqui, para que os nossos produtores, quando voltarem, possam avaliar o que melhor vai dar um aproveitamento na sua propriedade”.

Agrômomo e técnico do Projeto ATeG, Ricardo Clair Basso também conversou com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL: “A visita a outras propriedades é de extrema importância. Os produtores (do grupo) já trabalham num sistema ILP. Eles vêm buscar um aperfeiçoament

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