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Quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Wintershow 2022 bateu recorde de público e apresentou um novo formato

O Wintershow chegou a sua 19ª edição em 2022. Realizado de 18 a 20 de outubro, pela Cooperativa Agrária e Fundação de Pesquisa Agropecuária (FAPA), o evento focou no objetivo de difundir tecnologias e pesquisas sobre cereais de inverno.

Com a parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o WinterShow apresentou um novo formato aos participantes. Alguns dos diferenciais foram a presença em peso de startups, apresentando soluções inovadoras para o Agro; as arenas Hackathon, Dev Agro e Maker Lab, onde grupos formados principalmente por estudantes foram estimulados a encontrar soluções para diversas situações do cotidiano da Agrária; e ainda uma programação estendida até a noite para que produtores rurais, profissionais e demais interessados pudessem participar das palestras com mais tranquilidade.

Durante três dias, foram realizadas 48 palestras com os pesquisadores da FAPA, 12 palestras com convidados no auditório principal e outras 15 na arena Agrotech. Para completar a programação, mais de 100 empresas e entidades estiveram presentes com estandes, disseminando as mais recentes tecnologias para cevada, trigo e aveia, culturas tradicionais de inverno na região de Guarapuava.

Com isso, o Winterhsow bateu recorde de público nesta edição, que segundo os organizadores, chegou a cerca de nove mil pessoas. Para a gerente agrícola e social da Agrária, Viviane Schüssler, as mudanças promovidas na estrutura do evento ajudaram a cativar um novo público. “Precisamos atrair essa nova geração, pois é quem vai assumir o agro e a produção de alimentos. A tecnologia facilita a gestão das propriedades, melhora a eficiência da produção e aumenta a rentabilidade do produtor, vindo para somar. Por isso, é importante estarmos cada vez mais próximos dela”, afirmou.

 

Divulgação das pesquisas da FAPA

Tradicionalmente, a FAPA divulga suas pesquisas mais recentes de cereais de inverno, por meio das estações simultâneas. Os temas elencados de pesquisas ocorrem de acordo com as necessidades do desenvolvimento das culturas na região e por demandas apresentadas por cooperados. Confira um resumo do que foi apresentado durante o Wintershow 2022:

 

Lançamento de novas cultivares de trigo básico e melhorador e aveia branca

Juliano Luiz de Almeida e Marcelo Pacheco (UFRS)

“Temos diferentes classes de trigo na Agrária, porque a cooperativa trabalha com trigo segregado. Neste último ano, além do trigo segregado, que é o básico para biscoitos, também temos outra categoria de trigo, que é o melhorador, destinado à produção de pães industriais e panetones. Também temos uma categoria de trigo para alimentação infantil, que precisa ter o nível de microtoxinas e contaminação por produtos químicos bem baixo. E agora a nova categoria commodity, com a mistura de diferentes cultivares. O novo material de trigo que classifiquei como PANE, é um trigo com uma melhor produtividade e tão boa quanto ao do TBIO Toruk, um dos trigos mais produtivos que temos na nossa região. Ele também tem boa tolerância a doenças, principalmente a do oídio, que vem preocupando bastante os nossos cooperados. Para a bacteriose que também tem incomodado os produtores, esse material é bastante tolerante. É um trigo que além de agregar produtividade, também tem boa sanidade. Dá para comparar esse lançamento com os principais materiais de cultivo na Agrária, que é o TBIO Referência, para biscoito, o LG Oro, trigo melhorador, TBIO Audaz que também é melhorador. São todos trigos especiais, segregados na cooperativa e de uso específico para as qualidades de farinha que a Agrária mais vende. Em relação à aveia, comparamos os novos lançamentos, com a URS Olada, URS Altaneira e URS Poente, que são novos materiais lançados este ano, comparados principalmente à URS Altiva, URS Corona e URS Monarca. Dos três novos materiais, o que tem mais qualidade e é mais precoce é a URS Olada. A URS Altaneira, o material estava um pouco acamado nas parcelas e nos experimentos. E a URS Poente é um material um pouco mais tardio, que seria mais para um plantio antecipado. Então quem vai plantar no próximo ano aveia, os três materiais que existem é a URS Altiva, a URS Monarca e URS Corona. A Altiva e a Monarca são dois materiais que têm um peso de hectolitro bastante alto. A Monarca é um pouco mais produtiva que a Altiva, mas esta última é o material mais tolerante que temos para geada e queima de folhas. Para quem vai utilizar os grãos de aveia branca na propriedade e que não se importa tanto com o peso de hectolitro, pode plantar a URS Corona, que é bastante produtiva, mas com menos qualidade no grão”.

Bioinsumos: resultados de estudos de compatibilidade e qualidade dos produtos

Cristiane Giardino

“A principal mensagem da nossa estação foi que mesmo sendo uma produção on farm dos bioinsumos, precisa haver cuidados com assepsia para evitar contaminação do produto com contaminantes nocivos a humanos e animais. Principalmente, cuidar da qualidade da água utilizada, procurando fazer um tratamento adequado desta, para evitar levar para dentro da produção, contaminantes, principalmente como E coli.”


Manejo fitossanitário na cultura da cebola

Flávia Panizzon Diniz

“Neste ano, trouxemos para o WinterShow um campo de cebola com épocas diferentes de plantio, para mostrar aos nossos visitantes, o ciclo da cultura com o manejo das principais doenças que a acometem. Abordamos o avanço da cultura em nosso Estado e principalmente em nossa região, que vem aumentando expressivamente nos últimos anos. O que tem atraído os produtores é o alto valor agregado, a ótima precificação e as boas práticas de manejo que vem sendo estudadas e inovadas pela FAPA. As perspectivas de colheita para essa safra estão ótimas, apesar do clima chuvoso e com pouca luminosidade nos meses de setembro e outubro. Diante disso, teremos atraso na colheita, que se intensificará na segunda quinzena do mês de novembro e em dezembro, porém não teremos perdas em produtividade e qualidade”.

Rendimento operacional das aplicações de herbicidas e inseticidas com baixo volume de calda

Vitor Spader e Alfred Stoetzer

“Na estação conjunta de herbologia e entomologia apresentadas durante o WinterShow 2022, o tema principal abordado foi o volume de calda em aplicações de herbicidas e inseticidas. Nos trabalhos conduzidos nos últimos dois anos, em ambas as áreas de pesquisa, observou-se que em determinadas situações é possível trabalhar com volumes de calda menores do que os tradicionalmente usados na região. Entretanto, em outras situações, isso não foi possível, devido a reações/incompatibilidade entre algumas moléculas e em determinadas condições climáticas. Dessa forma, a redução do volume de calda nas aplicações pode ser uma alternativa interessante para melhorar o rendimento operacional das aplicações, sem comprometimento da eficácia dos tratamentos aplicados. Porém, cada produtor precisa se adequar de acordo com sua estrutura e sistema de cultivo”.

Diagnóstico da compactação em solos sob plantio direto no centro-sul do Paraná

Sandra Mara Vieira Fontoura, Marcelo Raul Schmidt, Renato Levien, Juares Roque Perin, Renato Paulo de Moraes e Cimélio Bayer

“A compactação tem sido relacionada à redução de produtividade das culturas em anos com déficit hídrico. As raízes não conseguem explorar grandes volumes de solo em profundidade, o que diminui a capacidade de absorção de água e de nutrientes, se manifestando em queda de produtividade mais acentuada em anos secos. Métodos culturais como a rotação de culturas comerciais e plantas de cobertura com sistema radicular abundante e de rápido crescimento e métodos mecânicos como a escarificação e o uso de elementos sulcadores tipo facão, haste sulcadora e discos na semeadora tem sido apontados como solução do problema. Para avaliar isso, a pesquisa foi dividida em duas ações: 1ª) Avaliar a eficiência de métodos culturais e práticas mecânicas na descompactação do solo; e 2ª) Determinar critérios para diagnóstico do estado de compactação do solo em nível regional. Além dos resultados apresentados no Wintershow, também foi lançado um boletim com as principais informações obtidas no estudo”.

Manejo de cultivares de cevada visando qualidade cervejeira

Noemir Antoniazzi

“Procuramos focar no desempenho das cultivares de cevada que estamos indicando para cultivo e que obviamente estão no campo: Imperatriz, Daniele e Irina. Temos o foco tanto no cooperado da Agrária, cooperados de cooperativas dos Campos Gerais, como Coopagricola, Capal, Frísia, Castrolanda e Bom Jesus, porque esses cooperados também visitam o Wintershow. Um tema bastante abordado em nossa estação foi o acamamento, além das características de cada cultivar e manejo adequado para cada região. Ali tínhamos uma comparação de testemunha sem uso de regularizador de crescimento, uma faixa com uma aplicação de meia dose e a outra faixa com aplicação sequencial e duas vezes de meia dose/hectare. Mostramos os pontos positivos na diminuição do acamamento com uso do produto, mas também os negativos, como a retenção de espigas”.

Plantabilidade: Desafios e Tecnologias Para Altos Rendimentos - Parte III

Rodrigo Ferreira

“Na mecanização agrícola, entre as várias áreas que temos estudado, temos a tecnologia de semeadura. Por isso, essa sequência de trabalhos sobre a plantabilidade. Neste inverno, encerramos efetivamente com plantabilidade em cereal de inverno e tecnologia para semeadura, que hoje é o grande gargalo. São 17 trabalhos de pesquisa feitos em um ano e meio só com esse tema. De forma direta, a conclusão é que o produtor tem dois componentes para ajustar: a população de plantas, com a distribuição de sementes; e a profundidade. Se eu tenho que me preocupar com uma coisa por vez, o que mais impacta na produtividade é a profundidade de semeadura. Os controles de profundidade nas máquinas são essenciais, precisam ser bem regulados e estarem aptos a fazer plantio em cima de palhada, de milho principalmente, que é a dificuldade maior. E claro, depois vem a distribuição de sementes propriamente dita. Mas a mensagem principal é: cuide da profundidade, que boa parte da produtividade vem dali. Hoje trabalhamos com profundidade de dois a três centímetros em cevada e trigo. São números já bem consolidados em pesquisas de longa data. Há registros de perdas de mais de 20% de produtividade, devido à profundidade mais funda”.

Impacto do complexo de doenças nos Cereais de Inverno

Heraldo Rosa Feksa

“Resumidamente é importante primeiramente o Manejo de Manchas foliares (Mancha Amarela, Mancha em Rede e Mancha Marrom) e Bacteriose no trigo (Pseudomonas seryngae o v. Seryngae ) esse complexo de manchas e Bacteriose, além de reduzir drasticamente a produção, pode ser responsável pelo aumento dos  teores da Micotoxina Deoxynivalenol (Don), pelo uso de produtos que não são indicados pra controle do fungo Giberella, devido ao fato de provocar stress no fungo, antes de morrer e dessa forma aumenta os teores de Don. Um deste produtos são as Estrobilurinas, que tem eficiência muito boa em manchas, mas não é indicado para controlar o Fusarium graminearum (Giberella). No controle de manchas foliares podemos utilizar fungicidas tradicionais, mas é importante utilizar produtos protetores (Mancozeb, Clorotalonil, Oxicloreto de Cobre e Indutores a Base de Cobre e Fosfito, produtos com Silício e ácido acetil salicílico) para melhorar a eficiência dos fungicidas. Para Bacteriose indicado utilizar produtos Indutores a base de Fosfito de K e também a base de Fosfito de Cobre, Mancozeb, Oxicloreto de Cobre, produtos q contenham Silício e também produtos q contenham na formulação ácido acetil salicílico. São excelentes indutores pra controle de Bacteriose preventivamente. Caso ocorra a presença de Bacteriose em um nível mais elevado deve-se utilizar o Kasumim (casugaminicina) que é um antibiótico de ação tópica”.

Palestras abordaram temas de inovação e o futuro do agro

As palestras no Auditório Principal atraíram o público pelos temas atuais e relevantes que contribuem para entender o futuro do agronegócio e as necessidades de adaptações por parte de produtores rurais e profissionais ligados ao meio rural. A REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ conversou com alguns destes palestrantes.

Tendências e o futuro do agronegócio

Allan Costa, palestrante, empreendedor e mentor de startups

“Tendo a responsabilidade de abrir o Wintershow 2022, tínhamos a obrigação de trazer um tema impactante para o agronegócio e para os produtores presentes. E assim o fizemos, com a palestra "Tendências e o Futuro do Agronegócio". Discutimos, em primeiro lugar, as transformações que estão acontecendo no mundo, impulsionadas pela inovação e pelas novas tecnologias que estão surgindo e impactando de forma profunda as nossas vidas. A partir daí, pudemos entender como essas tecnologias podem trazer benefícios ao agronegócio no sentido de aumentar a produtividade, a precisão ou a lucratividade das propriedades. Por fim, pudemos ainda ressaltar a importância da atuação de cada pessoa nesse processo de transformação a partir da compreensão de que inovação é um fenômeno humano, e não tecnológico. Portanto, depende de uma mudança de mentalidade para que possamos aproveitar na plenitude as oportunidades trazidas por essas transformações".

O futuro da produção de alimentos

Alberto Neto

“Apresentei algumas tendências do futuro da alimentação humana. Uma delas é a Plant-based, alimentos análogos de carne, leite, ovo, etc., todos feitos com proteína vegetal, um mercado em grande expansão mundial. No Brasil, há várias ações de marketing não só no varejo alimentar, mas também em food service. Esse mercado tem ganhado cada vez mais espaço. Também existe a carne cultivada ou de laboratório, uma tecnologia inovadora de produzir carne, feita través da multiplicação das células de um animal vivo. Existem algumas startups, como uma em Israel, que já está pronta para produzir carne cultivada. Em Singapura já se pode consumir carne cultivada. Em outros países ela ainda não é regulada. No Brasil, duas grandes companhias como a JBS e a BRF investiram em startups de carne cultivada em Israel e na Espanha, trazendo esta tecnologia para cá, além de outras empresas que estão construindo seus próprios laboratórios. São novidades interessantes para o mercado de carne. Outra tendência no futuro da alimentação são as fazendas urbanas, chamadas de verticais, que estão produzindo com objetivo de reduzir o desperdício e trazer um produto de qualidade durante todo o ano, independente da estação. Em um ambiente controlado consegue-se antecipar o cultivo de um determinado alimento. O alface, por exemplo, você consegue antecipar em até 40 dias a entrega, com economia de 95% em relação ao campo e uma produtividade, em média, 170 vezes mais por metro quadrado, em relação ao cultivo tradicional. Um dos exemplos neste segmento, é a Pink Farms, uma das 25 startups para se olhar, segundo a Forbes. Ela já colhe duas toneladas e meia de folhosas e fornece para o varejo alimentar e restaurantes em São Paulo, onde está localizada. A minha mensagem com estes dados é que o mercado, seja qual for o segmento, precisa inovar para se desenvolver. E no agro não é diferente. É importante que se olhe para todos os lados, que abram a mente e que possam crescer com inovação. Isso é importante. Quem não fizer isso, vai ficar para trás”.

A criatividade que o agro precisa

Camila Telles

“Eu sempre tento trazer minha história como jovem produtora rural e jovem empreendedora. A comunicação está não só na minha formação, mas também na minha essência. Juntei as duas coisas que eu sempre amei, o agronegócio e a comunicação, e transformei em negócio. Hoje eu sou considerada a defensora do agro, pelo meu posicionamento nas redes sociais. Estou sempre tentando desmistificar algumas coisas que são ditas do nosso setor. E é isso que eu mostro hoje, a minha trajetória empreendedora e também a importância dos jovens produtores rurais, não só dentro da propriedade rural, mas fora também. Eles precisam ser verdadeiros ativistas do meio rural, porque nossa imagem por um viés político acaba sendo muito prejudicada dentro e fora do nosso país. Nossa geração tem um papel fundamental de estar nas redes sociais, focar em defender nosso setor, porque estamos precisando. Somente juntos vamos conseguir mudar essa imagem. Temos que atingir o público urbano, principalmente as escolas, que estão recebendo informações desatualizadas do nosso setor e as crianças que estão acreditando nisso como verdade. Temos que entrar nas universidades, conversando com estudantes, nas comunidades urbanas, fazendo parceria com outras empresas. Não comunicar apenas para o agro, mas também em outros setores. Eu sempre falo que o agro tem que estar aonde ninguém espera que ele esteja: Carnaval, Fórmula 1, Futebol, o que chamar público, o agro tem que estar presente para mostrar sua importância”.

Veja outros temas debatidos no Wintershow:

Agregação de valor nas cadeias produtivas

Tiago Telles (Instituto de Desenvolvimento Rural –IDR)

 

“A sustentabilidade é um tema amplo que ganha cada vez mais visibilidade e interesse da sociedade em função dos impactos econômicos, ambiental e social que acarreta. Graças aos avanços da ciência, tecnologia e da inovação, nas últimas décadas, houve uma conscientização mais ampla da sociedade e uma evolução na compreensão da importância da adoção de práticas mais sustentáveis. A participação das empresas do agronegócio nesse processo torna-se muito importante. Essa contribuição pode ter diretrizes diversas, mas o que entendemos como fundamental é a adoção das boas práticas da sustentabilidade, que se tornou meta da Organização das Nações Unidas (ONU). Para concretizar esses objetivos, em benefício da sociedade, é necessário um planejamento estratégico que proponha, realize e monitore continuamente ações sustentáveis, que também são uma forma de garantir maior competitividade. Devemos ter um entendimento de como as partes envolvidas são afetadas e onde cada um desses atores pode ajudar a fazer a diferença. Para atender às exigências de clientes importantes, como o mercado europeu, há vários programas de certificação acerca dos padrões de sustentabilidade na produção de grãos e de carne, por exemplo. Estas iniciativas visam atender aos requisitos de desenvolvimento sustentável, estimulando os produtores a utilizarem práticas adequadas para toda a cadeia de fornecimento. Dentre os critérios de certificação são verificados aspectos sociais, ambientais, legais e de boas práticas agrícolas. O principal benefício é o diferencial do preço que se pode obter com os produtos certificados. Por isso, promover ações sustentáveis que requerem o cumprimento rigoroso das leis ambientais, sociais, trabalhistas e de segurança do trabalho envolve o engajamento de vários atores na cadeia, como clientes e produtores. E também requer que se promova a cooperação entre todos”.

 

A transformação tecnológica do setor alimentício

Patrícia Tozatti

Vale do Genoma: contribuições para o desenvolvimento da cadeia do agro

 Tsen C. Kang

Criatividade e inovação

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