Núcleo de Inovação Tecnológica em Agropecuária (NITA) da UFPR agora tem área de pesquisa na região de Guarapuava

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Segunda-feira, 26 de abril de 2021

Núcleo de Inovação Tecnológica em Agropecuária (NITA) da UFPR agora tem área de pesquisa na região de Guarapuava

O Núcleo de Inovação Tecnológica em Agropecuária (NITA) é um núcleo de pesquisa e extensão do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O maior projeto do NITA está presente na Fazenda Experimental do Canguiri, localizada no município de Pinhais e tem a participação de um grupo de pesquisadores das diferentes áreas, alunos da graduação e pós-graduação.

Recentemente uma área de pesquisa do NITA foi implantada na Fazenda Capão Redondo, propriedade de Rodolpho Botelho, em Candói (PR). “O Botelho é egresso do curso de Agronomia da UFPR e se dispôs a nos apoiar, disponibilizando uma área para desenvolver pesquisas em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (SIPA). Nesta propriedade teremos todos os recursos necessários para realizar investigações que possibilitem responder algumas questões relacionadas ao uso de novas tecnologias desenvolvidas pelo NITA em uma escala maior”, detalhou um dos coordenadores do NITA, professor Anibal de Moraes.

O professor explica que a sede do núcleo, a Fazenda Experimental do Canguiri, está localizada em Área de Proteção Ambiental (APA) do Iraí, onde é proibido o uso de agrotóxicos e outros biocidas. “A base teórica que orienta este projeto é que o incremento da diversidade e complexidade biológica do SIPA possibilita explorar melhor as funções dos ecossistemas, pois torna a ciclagem de nutrientes mais eficiente e aumenta o acúmulo de carbono, reduzindo o impacto ambiental, promovendo a sustentabilidade agropecuária de acordo com as diretrizes de uma política de baixa emissão de gases do efeito estufa, associada à conservação do solo e da água”.

O NITA é um dos protocolos que faz parte da Aliança SIPA, uma associação de diferentes grupos de pesquisa, como o Grupo de Pesquisa em Sistema Integrado de Produção Agropecuária (GPSIPA), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Grupo de Pesquisa e Inovação em Sistemas Puros e Integrados de Produção Agropecuária (GPISI), da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).  “A proposta desta associação tem como fortaleza, arranjos institucionais com entidades públicas e privadas, que compõem uma rede de trabalho ampla e multidisciplinar, não apenas nos estados do Sul do país, mas também no cenário nacional e internacional. Tem como filosofia a intensificação sustentável e a produção segura de alimentos e busca apoiar através de uma série de ações de pesquisa e transferência de tecnologia, a adoção, por parte dos produtores rurais, de Sistemas Integrados na Produção Agropecuária (SIPA)”, explica Moraes.

O principal meio para levar estas inovações tecnológicas desenvolvidas no NITA aos produtores rurais diz respeito aos dias de campo organizados, workshops, seminários, reuniões técnicas e visitas de produtores, professores e alunos de outras instituições e de vários estados do Brasil.

As pesquisas realizadas na Fazenda Capão Redondo em Candói receberão apoio da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). O professor do Departamento de Agronomia da Universidade, Sebastião Brasil Campos Lustosa será o coordenador local dessa nova unidade do NITA. “Desde 2018, nós estamos cultivando na Fazenda Capão Redondo milho com o capim aruana consorciado. Logo após a colheita do milho, o capim aruana vegeta e depois não tínhamos muita opção. Já fizemos trigo, pastagem sobre ele e queríamos ver os resultados nas lavouras subsequentes. Neste projeto do NITA, vamos resgatar um protocolo de longa duração, onde pretendemos fazer aruana por dois anos; aruana após o milho por um ano; dois anos de soja na sequência. Enfim, todas as possibilidades que temos no Sistema Integrado de Produção. E também dentro desse mesmo projeto, a adubação será modificada, pensando na adubação do sistema. Além disso, teremos o sistema que é o tradicional da região, que seria a agricultura de verão ou cobertura ou a área sem presença de animais durante o período do inverno” finalizou Lustosa.

 

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