Comissão debate soja e seguro rural

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Segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Comissão debate soja e seguro rural

A Comissão Técnica de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP realizou, dia 18 de outubro, no Sindicato Rural de Guarapuava, reunião de trabalho abordando aspectos técnicos e econômicos da produção de grãos. Recepcionados pelo presidente da entidade, Rodolpho Botelho, e sob a coordenação do vice presidente da Comissão e presidente do Sindicato Rural de Maringá, José Francisco Borg, os participantes puderam se atualizar e debater questões destacadas em duas palestras.

Na primeira apresentação, a assessora de Grãos do Departamento Técnico-Econômico da FAEP, a agrônoma Ana Paula Kowalski, destacou medidas governamentais para a sanidade da soja no Paraná, como o vazio sanitário, a proibição de soja sobre soja e uma consulta pública que a ADAPAR abriu, em setembro, para ouvir o setor rural sobre uma modificação das atuais regras – a possibilidade do produtor semear após 31 de dezembro, o que hoje é proibido.

À REVISTA DO PRODUTOR RURAL, a assessora explicou que a posição da FAEP sobre o assunto se baseia no que preconiza a pesquisa, com a entidade sendo a favor de se manter a atual regra. “O tema dessa consulta pública foi debatido na FAEP. Nós trouxemos lideranças sindicais, membros da comissão, instituições de pesquisa, entidades de representação, como Federação dos Agrônomos, a APASEM, a Comissão de Sementes e Mudas, a EMBRAPA e a ADAPAR. E o consenso geral foi o de que é um retrocesso aceitar essa proposta de alteração”, afirmou. Ana Paula justifica a posição lembrando que a ferrugem asiática ainda é uma ameaça à soja: “Não temos uma redução do número de focos, não temos moléculas com formas de ação diferentes para serem lançadas no mercado e não temos uma mudança de cenário no controle”.

A segunda palestra, sobre seguro rural, foi proferida pelo consultor da FAEP para política agrícola e presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), economista Pedro Loyola. Ele recordou que as entidades de representação do setor agrícola vêm dialogando com o MAPA para o aperfeiçoamento do atual sistema. “Um dos principais problemas que o produtor tem se refere à falta de recursos nos programas federal ou estadual”, disse em entrevista. Segundo comentou, o Paraná é o estado líder na contratação de seguro rural, mas muitos agricultores ainda ficam sem acesso àquela alternativa. “Hoje, apenas 3.500 produtores acessam o programa estadual. Estamos trabalhando para chegar a 10.000 a longo prazo”, disse Loyola, que participa das reuniões sobre o assunto junto ao MAPA.

Avaliando a reunião, o vice-presidente da Comissão enalteceu a participação dos membros: “Aqui vieram produtores de todo o Estado. Isso é muito importante, só enriquece o debate”, assinalou Borg. Para o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, a importância da reunião é contribuir para as decisões. “São temas relevantes para o planejamento do produtor e ações do próprio sindicato rural. Isso contribui para uma agricultura mais sustentável, produtiva e de resultados”, avaliou.  

 

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