Tecpar recebe carta-patente para processo produtivo da vacina antirrábica

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Quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Tecpar recebe carta-patente para processo produtivo da vacina antirrábica

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) recebeu do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) a concessão da patente do processo produtivo da vacina antirrábica veterinária. Esta é a quarta patente concedida em nome do Tecpar, a primeira na área de saúde pública.

O instituto produz a vacina antirrábica há mais de 40 anos para as campanhas de vacinação do Ministério da Saúde e ao longo deste período utilizou diferentes métodos de produção. A presente metodologia utiliza células BHK-21 (Baby Hamster Kidney) e vírus PV (Pasteur Virus) em método de perfusão.

Devido ao grande volume de doses que o Brasil utiliza na campanha nacional de vacinação de cães e gatos, o Tecpar desenvolveu um processo produtivo de vacina antirrábica que utiliza o método de perfusão para a cultura de células e produção de vírus rábico. O processo atende às exigências de mercado e tem como diferencial competitivo a possibilidade produzir com alta densidade celular e com alto rendimento.

A combinação desse método com os parâmetros de processos estabelecidos permitiu ao instituto a solicitação de pedido de patente, a qual foi concedida pelo Inpi – “Processo compacto de produção de vacina antirrábica veterinária utilizando células BHK-21, vírus PV e método de perfusão”.

Segundo o gerente do Centro de Desenvolvimento e Produção de Imunobiológicos do Tecpar, Aurélio Zeferino, a metodologia desenvolvida pelos pesquisadores do instituto resulta em uma vacina de melhor qualidade e com uma capacidade de produção maior. “Desta forma, conseguimos produzir a vacina antirrábica veterinária com um processo capaz de induzir maior produção de anticorpos e, desta forma, não provocar efeitos colaterais”, salienta Zeferino.

O gerente da Agência Tecpar de Inovação, Marcus Julius Zanon, destaca que o processo de exame do pedido de patente pelo Inpi levou apenas dois anos e meio. “Foi um processo extremamente rápido porque enquadramos nosso pedido de patente em um exame prioritário do Inpi para produtos relacionados à saúde pública e doenças negligenciadas, sendo a raiva uma delas. Esse entendimento pelo Inpi acelera a proteção dos ativos brasileiros na área da saúde pública”, explica.

Sete pesquisadores do Tecpar foram registrados como inventores na carta de patente: Aurelio Zeferino, Angela Aparecida Preto, Raquel Koehler Sanson, Josiane Brodzinski, Paulo Felipe de Lima Martins, Emerson Luís Batista e Roselena Nakamura.

Para o diretor Industrial do Tecpar, Rodrigo Silvestre, a concessão da patente simboliza o esforço do instituto em desenvolver uma vacina de melhor qualidade e ainda a possibilidade de transferência de tecnologia a outros países. “Temos parceiros interessados na nossa tecnologia e com a carta patente em mãos conseguimos delimitar qual a tecnologia pode ser transferida. É um conhecimento que agora o Paraná pode passar a exportar”, destaca.

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