Trigos precoces são destaque no Belasafra, em Cambé (PR)

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Segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Trigos precoces são destaque no Belasafra, em Cambé (PR)

No sistema que envolve soja e milho ou soja e feijão, a inclusão da produção de trigo, através de cultivares de ciclos mais curtos, ampliam a rentabilidade da propriedade

   Consolidado como um dos maiores eventos do agronegócio paranaense, o Belasafra 2018, que acontece entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro, no norte paranaense, em Cambé (PR), traz neste ano novas oportunidades de cultivo para otimizar os processos e a utilização da propriedade, fazendo mais safras no mesmo tempo. Além da soja e do milho, cultivares de trigo serão apresentadas para cerca de 8 mil visitantes no evento. São trigos de ciclos mais precoces que permitem, em alguns casos, a semeadura de três culturas com ciclo curto na mesma área durante um ano agrícola ou, ainda, antecipar a semeadura de culturas como a soja podendo ampliar a rentabilidade dos produtores.

   A inovação será apresentada pela Biotrigo Genética, empresa brasileira líder em genética de trigo na América Latina. Segundo o engenheiro agrônomo e supervisor comercial da empresa para o estado do Paraná, Bruno Leonardo Alves, o objetivo de levar as últimas inovações tecnológicas de trigo para o produtor e visitante do Belasafra é o de auxiliar recomendantes e agricultores na tomada de decisão, exatamente no momento em que se planeja a safra de inverno. “Além de todas as características agronômicas positivas, estas duas cultivares já foram testadas por mais de 80 moinhos. Elas representam um grande ganho genético, trazendo benefícios na condução e alto teto produtivo. Vamos levar até o evento informações de como o trigo pode maximizar a produtividade, reduzir os custos de produção da soja e, ainda, melhorar os aspectos físico e químico do solo, através da rotação de culturas”, explica Alves.
   Fernando Melatti, coordenador do Belasafra, destaca a importância de apresentar novas tecnologias que auxiliem os produtores a explorar o sistema produtivo.  “A presença de opções de trigo reforça a importância da cultura no sistema de produção. A genética vem nos apoiando neste desafio de elevar os patamares de produtividade da cultura em nossa região de atuação. A participação de uma empresa como a Biotrigo, que traz soluções para o produtor rural, vem elevar ainda mais o nível dos expositores do Belasafra”, afirma Melatti.

Cultivares precoces

   As cultivares de trigo precoce e superprecoce, TBIO Audaz e TBIO Sonic, entram como opções de terceira cultura no sistema que envolve soja e milho, no Norte e Oeste do Paraná, além de minimizar qualquer atraso na semeadura das culturas de verão. Já no estado de São Paulo, a opção é semear soja, feijão e trigo. Fernando Michel Wagner, gerente da Biotrigo Genética para os estados de PR, SP, Cerrado, Paraguai e Bolívia, cita que ao semear um trigo com essas características de ciclo, é possível antecipar a soja entre 10 e 18 dias dependendo da região, quando comparado a materiais de ciclo mais longo. “A inclusão do trigo se torna rentável em um período em que atualmente muitos agricultores se arriscam com a semeadura tardia do milho de segunda safra ou mesmo apenas cultivam culturas de cobertura de solo, sem falar em áreas de pousio”, complementa Wagner.
   Os dois materiais são os primeiros filhos de TBIO Toruk, cultivar de trigo mais semeada no Brasil. As principais características da cultivar são a superprecocidade, alto vigor e produtividade, especialmente pelo alto peso de seus grãos e o nível de resistência às diversas doenças, como o como o alto nível de defesa à Brusone. Nas regiões mais quentes, onde o trigo compete com outras culturas no inverno, a cultivar finaliza seu ciclo em um período de 15 a 18 dias antes que TBIO Toruk, sendo uma excelente ferramenta para o planejamento da semeadura da cultura posterior. Com porte baixo e excelente comportamento à germinação em pré-colheita e à desgrana natural, também se destaca pela reação ao acamamento e ao alumínio tóxico, tendo excelente desenvolvimento em todos os níveis de investimento.
   Já TBIO Audaz tem ciclo precoce, cerca de 10 dias a menos que TBIO Toruk. Apresenta um dos maiores avanços genéticos já alcançados pelo programa de melhoramento da Biotrigo, entregando alto nível de resistência às principais doenças do trigo, como o complexo de manchas foliares, Bacteriose, Ferrugem da Folha, Vírus do Mosaico do trigo, com grande destaque as doenças de espiga, como Brusone e, especialmente, Giberela.  “TBIO Audaz, apesar de precoce, conseguiu alcançar o teto produtivo que fez seu pai ser reconhecido em todas as zonas tritícolas do Brasil. A cultivar representa um imenso ganho por trazer equilíbrio entre produtividade e qualidade industrial com uma condução a campo facilitada e extremamente responsiva a maiores investimentos”, finaliza Wagner.

 

 


(Foto: divulgação)

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