Dia de Campo da Coamig ofereceu informações sobre a produção leiteira

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Sexta-feira, 31 de março de 2017

Dia de Campo da Coamig ofereceu informações sobre a produção leiteira

A Cooperativa Agropecuária Mista de Guarapuava (Coamig) abriu o calendário técnico de 2017, em Guarapuava, com um evento voltado à bovinocultura de leite. O 1º Dia de Campo Coamig sobre a produção de leite foi realizado no dia 25 de janeiro, na Chácara Bela Vista, propriedade de Jairo Luiz Ramos Neto.

Apesar do dia chuvoso, os produtores de Guarapuava e região não deixaram de comparecer. Mais de 300 pessoas envolvidas no setor leiteiro participaram do dia de campo.

A programação envolveu um circuito de mini palestras apresentadas por diversas empresas envolvidas na cadeia produtiva do leite. Com cerca de 10 minutos, cada uma apresentou aos grupos de produtores, informações sobre tecnologias e pesquisas relacionadas à atividade leiteira.

Os assuntos apresentados foram: Importância da Gessagem (SulfaCal); Cobertura Nitrogenada para silagem (Yara); Herbicidas de Pastagem (Dow Agrosciences); Condicionamento de híbridos, Linha Nutri e Tecnologia Leptra (Pioneer); Convênio de financiamento para cooperados da Coamig (Sicredi); Posicionamento de híbridos para silagem (Sementes Agroceres); Mastite (Agro Hara); Tristeza Parasitária Bovina (Chemitec); Leveduras específicas para ruminantes (AGP Group); Forrageiras de Alta Performance (Atlântica Sementes); Tecnologia e inovação em forrageiras para produção de carne e leite (Agro Norte); Maior Qualidade de forragem ADRF6010 Valente (Sementes Adriana); Protocolo de Indução à lactação (Ourofino) e Pastagem de Verão (PGW Sementes).

O presidente da Coamig, médico veterinário Edson Bastos, explicou que a intenção foi reunir os bovinocultores de leite, fazendo com que houvesse uma troca de ideias entre os próprios produtores e as empresas envolvidas no setor. “Isso contribui para uma melhor produtividade e lucratividade do setor leiteiro. Ficamos muito satisfeitos porque o evento foi além das nossas expectativas. A participação expressiva dos produtores de Guarapuava e vários municípios, como Candói, Pitanga, Ivaí, Manoel Ribas, entre outros, nos deixou muito contentes”, avaliou.

Bastos destacou também que os participantes se mostraram realmente interessados pelos assuntos apresentados, fazendo vários apontamentos e questionamentos durante as apresentações. “Tenho que ressaltar o empenho dos técnicos das empresas e de toda a equipe da Cooperativa, essencial para o sucesso do evento”, agradeceu o presidente.

O anfitrião do Dia de Campo, agropecuarista Jairo Luiz Ramos Neto, destacou que os produtores devem encarar eventos assim como um dia de trabalho e aproveitar ao máximo todas as informações apresentadas, buscando implantar as tecnologias e métodos apresentados na propriedade. Além disso, como membro da Coamig e atuando como diretor do Sindicato Rural de Guarapuava, destacou a importância dos produtores estarem inseridos em organizações como sindicatos e cooperativas. “Elas nos fortalecem, proporcionam oportunidades de participar de eventos como esse, que acrescentam e nos fazem crescer. Juntos somos muito mais fortes”, considerou.

O evento contou com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, Unicentro, Yara, Chemitec Agro-Veterinária, Agro-Norte, Dow AgroSciences, Sementes Agroceres, DuPont, Pioneer, PGW Sementes, Atlântica Sementes, Sementes Adriana, Connan Nutrição Animal, AGP Group, Agro Hara, MSD Saúde Animal, Ouro Fino Agronegócio, Frisia Cooperativa Agroindustrial, Rações Batavo, SulfaCal e Sicredi.

 

Forrageiras

 

O professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) Sebastião Brasil e os acadêmicos Fernanda Lima e Fernando Pacentchuk apresentaram aos produtores uma discussão sobre produção de forrageira. “O objetivo foi mostrar aos produtores algumas cultivares de forragem que eles já utilizam, mas que, na verdade, são subutilizadas por eles. São forragens como Tifton 85, Gigs, Quicuiu, Capim-Elefante e Armana. Subutilizadas porque, muitas vezes, acontece o excesso de pastoreio, falta de adubação e manutenção ao longo do ano. Elas acabam produzindo menos e há a incidência de pragas. No entanto, são forragens muito boas para alta produção de leite, desde que bem trabalhadas”, detalhou Brasil.

Ele explicou que essas são forrageiras que entram na composição junto com as forrageiras anuais para corte ou pastejo em sistemas forrageiros para a região de Guarapuava. “E esses materiais já estão bem adaptados à região, a não ser os materiais por semente. A dificuldade é o plantio. Aqui nós mostramos o plantio que leva uma muda já enraizada, que são por tubetes e outra que terá que enraizar, o que leva um pouco mais de tempo”.

Brasil conta que há empresas hoje que já vendem as mudas enraizadas, o que pode levar o produtor a ganhar tempo na produção das pastagens. “O produtor acha que é um custo a mais. Na verdade, é um investimento. Porque se a pastagem consegue fechar rapidamente o solo, em 60 dias ela já está produzindo. Da outra maneira (sem raiz), ela pode demorar até 120 dias para produzir. Passa todo o verão e outono e somente na próxima Primavera é que se pode iniciar o pastejo. É um método simples, mas eficiente, que pode fazer a diferença na produção de leite”, finaliza. 

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