Planejamento e gerenciamento em busca da rentabilidade no trigo

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Sexta-feira, 27 de abril de 2018

Planejamento e gerenciamento em busca da rentabilidade no trigo

A safra de verão está chegando ao fim e chega a hora de planejar a safra de inverno. Neste momento muitas dúvidas vêm à cabeça do agricultor, mas a principal delas está relacionada a rentabilidade das culturas de inverno. Que caminho seguir?

Dentre as opções está a cultura do trigo. Inúmeros são os benefícios do seu cultivo dentro dos sistemas de produção, tanto do ponto de vista técnico (produção de palhada, redução da população de nematoides, ciclagem de nutrientes, etc.) quanto econômico (rateio do custo fixo da propriedade). Porém, os riscos climáticos e mercadológicos ligados a cultura, fazem com que muitas vezes o agricultor desista do seu cultivo, optando pelas coberturas ou até mesmo o pousio.

Na busca em alcançar níveis de rentabilidade que viabilizem o trigo, o triticultor deve analisar detalhadamente alguns pontos que podem definir o sucesso da safra, são eles: os riscos envolvidos, o planejamento e gerenciamento dos custos e as oportunidades do mercado.

Entenda os riscos

 Através da interpretação da previsão climática para a safra, com base nas projeções de El Niño, La Niña ou neutralidade são estimados cenários de maior ou menor risco para o ciclo. Cada um destes fenômenos representa níveis distintos de riscos e podem interferir, por exemplo, na decisão do grau de investimento para aquela safra.

“CONSIDERAR OS FATORES CLIMÁTICOS É FUNDAMENTAL PARA REDUZIR OS RISCOS DE INSUCESSO”.

Também devem ser considerados, com base nos dados históricos locais, os períodos de maior probabilidade de precipitações excessivas na fase de espigamento, veranicos e geadas durante o florescimento e principalmente a ocorrência de chuvas prolongadas na colheita. Deve-se planejar a época de semeadura em função do ciclo de cada cultivar para evitar que os períodos críticos da cultura coincidam com as épocas de maior risco.

Planejamento e gerenciamento dos custos

Uma vez entendidos os riscos, osegundo ponto é o planejamento agronômicoeo gerenciamento dos custos de produção.O pacote tecnológico escolhido precisa ser eficientee estar definido de acordo com a necessidade de cada cultivar.Certamente esta é a etapa mais crítica, pois a escolha dos insumos deve levar em conta critérios técnicos e econômicos, uma vez que a margem é estreita. Escolhas equivocadas podem comprometer diretamente a rentabilidade. Em 2017, a G12AGRO, através do planejamento, acompanhamento da safra e uso de novas práticas, foi possível reduzir em 32% o custo total de produção dos seus clientes, quando comparado com o realizado na safra anterior (fig.1).

Nesse contexto o papel da pesquisa é fundamental para dar suporte ao planejamento da lavoura, pois através dela são desenvolvidas alternativas e práticas inovadoras, sempre com o foco na necessidade e rentabilidade do triticultor. Como reflexo do gerenciamento técnico, o saldo líquido do trigo dos clientes da G12AGRO foi positivo em R$ 168,47 ha-1na safra 2017, ou seja, uma rentabilidade de 7,6%. Vale a pena lembrar que a safra de inverno 2017 foi marcada por adversidades climáticas, onde principalmente os longos períodos sem chuvas estiveram presentes em vários momentos do ciclo, afetando diretamente o potencial produtivo. Segundo a SEAB/DERAL, no estado do PR a produtividade média foi de 2.310 kg.ha-1 e na região de Guarapuava de 2.650 kg.ha-1, sendo estas 27% e 40% menores que na safra 2016, respectivamente. Já nas lavouras de trigo assistidas pela G12AGRO a produtividade média foi de 4.070 kg.ha-1, ou seja, 53% maior que a média de Guarapuava, garantindo assim o resultado econômico das lavouras.

Oportunidades de mercado

O terceiro ponto e mais desafiador, é a busca por oportunidades de comercialização em mercados diferenciados. No entanto, participar destes modelos de negócio exige dos agricultores um nível maior de organização, principalmente na segregação e/ou agrupamento das cultivares conforme suas características. Garantir a qualidade e homogeneidade da matéria-prima é fundamental para despertar o interesse da indústria. Pensando nisso, a equipe da G12AGRO em parceria com a Biotrigo, inicia este ano em Guarapuava um projeto inovador para a cultura do trigo, onde a genética de ponta eo valor agregado pela indústria moageirairão proporcionar maior liquidez e rentabilidade ao triticultor. Quer conhecer mais detalhes e fazer parte deste projeto? Fale conosco.

Sobre a G12AGRO

Fundada em junho de 2016 em Guarapuava, a G12AGRO é uma empresa de Pesquisa e Consultoria Agronômica que tem como objetivo proporcionar aos seus clientes e parceiros crescimento sustentável. Através de parcerias sólidas com diversas empresas e profissionais do agronegócio brasileiro,   a G12AGRO desenvolve em sua estação experimental uma série de pesquisas nos mais variados segmentos, inclusive na produção de forrageiras. Com resultados consolidados, aliados a uma equipe altamente experiente, a empresa busca as melhores soluções e estratégias para aumentar a rentabilidade das áreas de produção de seus clientes. Oferece ainda Suporte de Informações para técnicos nas áreas Agrícola e Pecuária, além de Palestras e Treinamentos Técnicos.

 

 

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